Rigobert Song, o carismático selecionador dos Camarões, não escondeu a desilusão por ter falhado os oitavos de final do Mundial 2022, mesmo depois de uma vitória «histórica» sobre o Brasil (1-0) com um golo solitário de Aboubakar.

«Quando estamos em prova, o objetivo é sempre chegar à final. Apesar de hoje termos vencido, estamos desiludidos, até porque percebemos que podíamos ter feito melhor. Somos uma equipa jovem, mas estamos a ganhar experiência e temos progredido numa boa linha. Agora, quero encorajar os meus jogadores para um torneio que se vai realizar em 2024 [a Taça das Nações Africanas]», começou por enunciar em conferência de imprensa.

O selecionador lamenta, acima de tudo, a derrota diante da Suíça (0-1) na ronda inaugural. «O Mundial permite-nos aprender a não cometer os erros dos primeiros jogos, sobretudo quando penso logo naquela jornada inaugural, que faz com que a nossa dor seja um pouco maior. É uma pena e há esse pequeno arrependimento, mas temos de ver as coisas de outra maneira. Estou bastante orgulhoso destes atletas», acrescentou.

Uma vitória histórica de uma seleção africana sobre o pentacampeão Brasil. «Nem sabia que era uma vitória tão histórica. Somos um dos países africanos que mais vezes participou em Mundiais e agora vencemos o Brasil. Parabéns aos meus jogadores, que foram uns guerreiros. É uma pena pararmos por aqui, mas ser eliminado faz parte», disse ainda.

Uma vitória sustentada nas boas defesas de Devis Epassy, guarda-redes dos Camarões que acabou por ser eleito pela FIFA como o melhor em Campo. «Podemos ficar orgulhosos daquilo que fizemos. Trabalhámos muito e demonstrámos que também somos uma grande equipa, unida e combativa. Infelizmente, não conseguimos passar à fase seguinte e isso entristece-nos, mas não é hoje que nos devemos arrepender disso. É um sentimento misto. Ficámos orgulhosos após o apito final por derrotar o Brasil, mas, mal chegámos ao balneário, percebemos que não estávamos qualificados e ficámos tristes», destacou também o guarda-redes.