As primeiras impressões valem o que valem, e a vitória da Costa Rica sobre o Japão mostra que nem sempre nos podemos fiar.

A equipa asiática tinha surpreendido na ronda inaugural, ao vencer a Alemanha por 2-1, mas agora foi batida pelos ‘Ticos’, que tinham entrado no Mundial humilhados pela Espanha (7-0).

Essas primeiras impressões tinham influenciado o arranque do jogo deste domingo, de resto. O Japão entrou em campo a querer aproveitar o ascendente moral, por assim dizer, mas não o fez de forma muito convicta, com cinco novidades no onze, incluindo o sportinguista Morita (e com vários nomes sonantes de fora, uma vez mais).

Doan, também promovido à titularidade, como prémio por ter iniciado a reviravolta frente à Alemanha, foi o mais dinâmico dos minutos iniciais, mas ao fim do primeiro quarto de hora já a Costa Rica, com duas alterações no onze, tinha conseguido estabilizar.

O resto da primeira parte foi um longo bocejo, interrompido por dois amarelos, e por isso o selecionador japonês decidiu mudar duas peças logo ao intervalo, promovendo as entradas de Asano e Hiroki Ito.

O Japão voltou a procurar algum ascendente inicial, com Morita a obrigar Keylor Navas a defesa apertada ao minuto 47. Embora sem qualquer brilhantismo, a equipa asiática teve duas ou três situações de perigo, incluindo um livre de Soma que saiu por cima, e uma situação em que pediu expulsão para Calvo (71m), por travar Junya Ito quando ia entrar na área, mas o árbitro ficou pelo amarelo.

Quando se esperava pelo «ataque final» à baliza da Costa Rica, que pouco interessada parecia em arriscar algo, eis que surgiu o golo… da Costa Rica, precisamente. O remate em jeito de Fuller surpreendeu Gonda, que ainda tocou na bola mas pareceu surpreendido, sem conseguir evitar o golo.

Mitoma foi o protagonista da reação japonesa, com duas ou três boas iniciativas pela esquerda, mas na melhor ocasião, em que serviu Kamada, apareceu Navas a segurar a vantagem com as pernas.

Lá se foram as primeiras impressões. A Costa Rica está na luta, apesar da humilhante goleada a abrir, e o Japão desperdiçou o capital de confiança resultante da vitória sobre a Alemanha.