Declarações do selecionador nacional de Portugal, Fernando Santos, na sala de imprensa do estádio Josy Barthel, após a vitória por 3-1 no Luxemburgo, na qualificação para o Mundial 2022:

«Aquilo que tinha de fazer fiz: alertar os jogadores. Ontem, na palestra que fiz, fiz isso. O jogo do Azerbaijão sim, o jogo da Sérvia fizemos uma primeira parte boa, tivemos desatenções na segunda parte, mas acabámos por ganhar o jogo e não valeu. Agora, isto foi mais um bocadinho o jogo do Azerbaijão.»

«Eu fiz o que muitas vezes faço: chamar a atenção para o que todas as equipas podem fazer e que nós temos de fazer também. Estarmos organizados, concentrados e com paixão, estar dentro do jogo, com disponibilidade total para todas as ações do jogo, com criatividade, a criar situações, dinâmica, profundidade e, quando não temos bola, cair em cima do adversário. É viver bem o jogo, ser intensos. Porque os adversários contra Portugal são sempre intensos nesse aspeto. Chegaram sempre primeiro. E nós, durante 30 minutos, fomos jogando uma espécie de pelada. Com qualidade técnica, porque ela está cá. Mas sozinha não vai lá. Agora, igualando estes parâmetros, a equipa portuguesa tem de ganhar sempre ou muitas vezes.»

«Não é que os jogadores não queiram. Não é isso. A forma como o fizeram é que não esteve correta. Faltou esta paixão, querer ganhar, vontade. Quando não vai a bem, põe-se a bola mais à frente, vai-se pressionar, ganhar segundas bolas, encontrar caminhos para driblar. Não se joga para trás, para o lado, um toquezinho, mais um toquezinho… e acho que foi isso que aconteceu 30 minutos. E sentimos dificuldades.»

«Acabámos por fazer o golo, importante. Ao intervalo, disse que tínhamos de mudar a forma como estávamos em campo, a desmarcar, a sair, porque se fizéssemos íamos ganhar.»

«De qualquer maneira, o Luxemburgo, pela sua organização, fez tudo para que não acontecesse. Se descontar os primeiros 30 minutos, até aos 90+5’, esta é a equipa portuguesa que dificilmente alguém nos ganha.»