Dayotchanculle Oswald Upamecano. O primeiro nome diz-nos pouco, o segundo igual, e só ao terceiro reconhecemos a personagem: Dayot Upamecano.

O futebolista é um dos 25 soldados franceses que perseguem o sonho do «tri» no Mundial 2022, e quem diria que sofria de dislexia quando era mais novo e se refugiava na timidez iria chegar a este patamar? Bem, se calhar o próprio diria, habituado a ter de responder de outra maneira, e a ter de liderar pelo trabalho.

O jovem do Bayern Munique nasceu em França, mas é descendente de guineenses. Recebeu o nome Dayotchanculle em honra do bisavô, antigo rei de uma vila na ilha de Jeta, na Guiné-Bissau.

Ainda assim, ser bisneto de um rei não o salvou de algumas dificuldades na adolescência. Aos 15 anos, fez algumas sessões de terapia da fala para ultrapassar a dislexia e a gaguez, que o «empurravam» para alguma timidez e algumas dificuldades de expressão.

«Quando estava no campo tornavam-me noutra pessoa. Enquanto as pessoas riam, eu trabalhava», lembrou, no entanto, em declarações ao Le Parisien.Upamecano deixou a França cedo, para mudar-se primeiro para a Áustria e depois para a Alemanha, sempre no universo Red Bull. Até que em 2021 surgiu a transferência para o Bayern Munique.

Teve um início tremido na seleção, mas ainda assim tem sido presença assídua no onze de Didier Deschamps no Qatar.

Este texto foi baseado no perfil de Dayot Upamecano, que pode ler no dossier dedicado à seleção da França, um dos vários conteúdos publicados no âmbito da Guardian Experts’ Network, a rede de meios de comunicação que tem o Maisfutebol como representante português, para partilha de informação relativa ao Mundial 2022.