Toni Kroos juntou-se às vozes críticas das condições laborais no Qatar, onde estão a decorrer as obras para o Mundial do próximo ano.

«Os imigrantes são submetidos a jornadas de trabalho contínuas, sob temperaturas de 50º C, não são alimentados de forma condigna e não têm acesso a água potável», denunciou o jogador da seleção alemã e do Real Madrid num podcast com o irmão.

Kroos apontou também o dedo às condições de segurança, à violência exercida sobre os trabalhadores e à ausência de cuidados médicos, tendo considerado que a atribuição do Mundial 2022 ao país do Médio Oriente foi um erro. «Tudo isto é absolutamente inaceitável», lamento, referindo-se também ao facto de a homossexualidade ser punida legalmente no Qatar.

No mês passado, o jornal The Guardian publicou uma reportagem na qual revelou que mais de 6.500 trabalhadores migrantes morreram no Qatar desde que o Mundial 2022 foi atribuído pela FIFA ao país.

Nos últimos dias, jogadores das seleções norueguesa e alemã aproveitaram o arranque da fase de apuramento para a competição para denunciarem a situação dos trabalhadores migrantes no Qatar e exigirem respeito pelos direitos humanos dentro e fora do campo.