O adepto que interrompeu o jogo entre Portugal e Uruguai, com uma bandeira do arco-íris e uma t-shirt de apoio à Ucrânia e às mulheres do Irão, afinal, foi banido do Mundial 2022.

Mario Ferri entrou no relvado à passagem do minuto 61, transportando uma bandeira do arco-íris – símbolo que tem sido vetado nos estádios -, enquanto a sua camisola tinha escrito «Save Ukraine» [salvem à Ucrânia] e «Respect for Iranian Women» [Respeito para as mulheres iranianas].

O adepto italiano, de 35 anos, que tem um historial de invasão de relvados e que no Mundial 2014, no Brasil, também entrou no Bélgica-Estados Unidos com a mensagem «Salvem os filhos da favela», foi libertado, mas, ao contrário do que o próprio tinha anunciado, está agora proibido de entrar nos estádios no Qatar.

Em comunicado, o comité organizador do Mundial 2022 informou também que Mario Ferri «foi libertado pouco depois de ser retirado do relvado», que a embaixada foi informada, mas que está vetado em qualquer jogo do Mundial.

«Em consequência das suas ações e da prática habitual, a sua entrada foi cancelada e foi banido de futuros jogos neste torneio», disse a organização em comunicado.

Já esta terça-feira, em mensagem publicada na sua conta no Instagram, o italiano designou a invasão de segunda-feira como a «última dança», explicando que quis tocar assuntos importantes que têm estado na ordem do dia também para ele.

Ferri disse que em relação ao Irão, onde diz ter amigos e que as mulheres não são respeitadas, o mundo tem que mudar e que isso acontece com gestos fortes, enquanto, no que diz respeito à Ucrânia, revelou que trabalhou como voluntário em Kiev, onde viu o sofrimento do povo local, fazendo mais um apelo à paz.

Quanto à bandeira do arco-íris, o italiano lembrou que a FIFA a baniu, bem como os símbolos neste Mundial, mas que ele, num papel de «Robin dos Bosques», quis passar a mensagem de que se pretende um mundo livre que respeite todas as raças e ideias.