Tão depressa, os adeptos portugueses não vão esquecer o nome de Youssef En-Nesyri.

Mas não é pelas melhores razões – lembras-te, Charisteas?

Mas isso não deve incomodar muito o avançado de 25 anos do Sevilha.

En-Nesyri tem mais com que se preocupar em casa. É que apesar do registo de respeito que leva pela seleção de Marrocos - 17 golos em 55 internacionalizações -, o avançado natural de Fès continua a ser o «patinho feio».

Será que o golo histórico que marcou lhe vale a elevação e uma espécie de «Eder» à marroquina?

Em 2018, foi o último jogador a ser chamado para o Mundial da Rússia, mas o golo que marcou à Espanha, saltando mais alto do que Sergio Ramos e Piqué, quase valeu o apuramento para os oitavos de final.

Mas nem isso mudou a forma como é visto no seu país, onde o futebol é uma paixão e no qual não ajuda ter mais eficiência do que estilo.

Ele que é o recordista marroquino de golos na Liga dos Campeões, e o único internacional a marcar em cinco grandes competições consecutivas, continua a ser alvo dos críticos.

Ao ponto de há algum tempo ter feito um pedido pouco habitual para quem tem tudo para ser um ídolo: «Não me insultem, por favor».

«Tento contribuir e ajudar a seleção, e fazer o melhor no tempo que o selecionador me dá. Peço aos adeptos que me criticam para não o fazerem com insultos. As nossas famílias também têm redes sociais e acabam por ler os vossos comentários», declarou.

Será que vai ver o seu pedido atendido agora que marcou o golo que ajudou Marrocos a tornar-se na primeira seleção africana nas meias-finais de um Mundial?

Este texto foi baseado no perfil de Youssef En-Nesyri que pode ler no dossier dedicado à seleção de Marrocos, um dos vários conteúdos publicados no âmbito da Guardian Experts’ Network, a rede de meios de comunicação que tem o Maisfutebol como representante português, para partilha de informação relativa ao Mundial 2022.