Fernando Santos, selecionador nacional, em declarações na sala de imprensa do Dragão, após a vitória por 3-1 frente à Turquia, em jogo das meias-finais do play-off de apuramento para o Mundial 2022:

«Ficou provado o foco total da equipa. Fazemos parte dos 11 milhões de portugueses. Vamos ter outra final terça-feira para cumprirmos o nosso objetivo e dar uma alegria a todo o povo português. Globalmente estivemos bem no jogo, depois houve períodos não tão bem conseguidos. A vitória de Portugal é justa. O penálti poderia tornar as coisas mais difíceis, mas acreditava que tínhamos condições para vencer.

Podíamos ter 'matado' o jogo. Tivemos oportunidades para fazer o 3-0. Depois já sei como são estas coisas. Já disputei muitas finais na minha carreira. A finais jogam-se para ganhar e não há outra conversa.»

[Opção do Moutinho na posição 'seis']:

«Um jogador sozinho não resolve o problema. O importante era a estratégica que definimos para o jogo e colocar em campo quem melhor poderia responder de acordo com essa mesma estratégia. Queríamos colocar em pleno a nossa capacidade de jogo, tendo também em conta o que a Turquia tem de positivo e de negativo. Todos são grandes jogadores. Quando falamos de talento... Não podemos achar que eles não podem jogar em diferentes posições. Todos sabem jogar em diferentes posições, agora há algumas posições onde eles se sentem melhor.»

[Sobre a Macedónia do Norte ter derrotado a Itália]:

«Nada de surpreende. Já ganhei finais que achava que seriam dificeis e perdi uma que achava que ia ganhar. As finais ganham-se. Só há uma palavra: ganhar. Entrar numa final a pensar que este é mais fácil... Temos de ter o mesmo respeito que tivemos pela Turquia. Respeito não é medo. A Turquia não foi tão forte porque Portugal soube respeitá-la. Teríamos o mesmo respeito pela Itália e teremos ainda mais com a Macedónia.»

[O que pensou no momento do penálti]: «Que tínhamos de voltar a dar a volta ao jogo. Um penálti é um momento difícil. Portugal controlou sempre o jogo. Esteve tremendo nos primeiros 25 minutos, depois teve um hiato de dez minutos. O jogo voltou a ficar mais equilibrado até porque os jogadores não conseguem pressionar da mesma forma todo o jogo.

Depois voltámos a estar bem e fizemos o 2-0. Entrámos muito bem na segunda. A equipa entrou com a mesma capacidade de jogar, mas não fizemos o golo que acabaria com o jogo. Depois sofremos um golo e ficou tudo mais difícil. Mas estive sempre convicto de que Portugal ia ganhar o jogo.»