O Costa Rica-Alemanha (2-4), da derradeira jornada da fase de grupos do Mundial 2022, não ficou apenas marcado pelas despedida das duas seleções - sobretudo pela surpresa que provoca o afastamento germânico. O jogo foi igualmente o primeiro da história dos Campeonatos do Mundo a ser dirigido por uma árbitra.

A francesa Stéphanie Frappart protagonizou um momento inédito, liderando uma equipa constituída ainda pela brasileira Neuza Back e a mexicana Karen Diaz Medina como assistentes. Said Martínez, das Honduras, desempenhou funções de quarto árbitro.

Este é mais um marco inolvidável na carreira de uma árbitra de 38 anos que tem fortes ligações a Portugal. Stéphanie nasceu em Le Plessis-Bouchard, a norte de Paris, filha de um pai francês e de uma mãe...portuguesa.

A mãe de Stéphanie Frappart, Gina, é natural do concelho de Barcelos e a árbitra, na juventude, costumava passar as férias de verão na freguesia de Tamel (São Veríssimo).

Enquanto isso, em França, a jovem foi desenvolvendo o gosto pela arbitragem e começou a dirigir jogos dos escalões de formação aos 13 anos. Em 2014, com 31 anos, tornou-se a primeira mulher a dirigir um jogo da Ligue 2.

Os recordes foram-se acumulando a partir daí. Em abril de 2019, foi a primeira mulher a dirigir um jogo da Ligue 1. Em agosto do mesmo ano, dirigiu o jogo da Supertaça Europeia entre o Liverpool e o Chelsea. 

Em dezembro de 2020, fez história na Liga dos Campeões ao ser a árbitra do duelo entre Juventus e Dínamo Kiev. Em março de 2021, foi a primeira mulher a dirigir um jogo de apuramento para um Mundial, entre os Paises Baixos e a Letónia. Em maio de 2022, esteve na final da Taça de França entre Nice e Nantes.

Agora, Stéphanie Frappart tocou o céu ao dirigir um encontro do Campeonato do Mundo de 2022.