Entre todos os segundos da goleada histórica (7-0) com que a Selecção Nacional brindou o mundo esta segunda-feira, há uns que, certamente, ainda estarão vivos na memória dos mais atentos. Pouco depois de o cronómetro marcar 88 minutos, o sorriso de Cristiano Ronaldo era o reflexo mais que perfeito do espírito com que entrou em campo. A sua prestação frente à Coreia do Norte não teve o brilho de outras partidas, é certo, mas há diferentes razões para considerar o internacional português a figura do dia 11 deste Mundial.

O golo que matou o jejum. Cristiano Ronaldo queria voltar a marcar com a camisola da Selecção e conseguiu-o. Depois de a trave lhe ter negado a alegria - no primeiro jogo, contra a Costa do Marfim, já o tinha impedido de marcar -, o golo acabou por surgir, num lance que ele próprio descreveu como «engraçado». Um toque entre as costas e a nuca, depois um pontapé certeiro e, por fim, o tal sorriso e a expressão de alívio que as câmaras seguiram ao pormenor.

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A assistência a somar ao golo. Aos 60 minutos, Ronaldo escapou-se pela esquerda e ofereceu o 4-0 a Tiago. Com o médio, que bisou na Cidade do Cabo, Ronaldo teve depois um gesto exemplar, oferecendo-lhe o prémio de homem do jogo, que a FIFA lhe tinha atribuído no final da partida e pela segunda vez.

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Internacionalizações: Cristiano Ronaldo a um jogo do top-ten

Sempre a caminho do topo. Depois do seu 74º jogo ao serviço da selecção principal, Ronaldo está a apenas uma partida de igualar Deco no décimo posto da tabela das internacionalizações, um quadro de honra que terá, mais tarde ou mais cedo, o seu nome escrito no primeiro lugar.