Gary Lineker, antigo futebolista inglês, usou um dia uma frase sobre a Alemanha, que pode ser perfeitamente adaptada ao estado atual da Fórmula 1: no início partem todos, no final ganha o alemão. Pelo menos nos últimos três anos foi assim.

Os candidatos

Sebastian Vettel (Red Bull) parte com o rótulo natural de favorito. Porque é tricampeão do mundo, porque beneficiou do carro mais completo nos últimos anos e porque mostrou ser capaz de reagir às adversidades. Foi o primeiro campeão de sempre a chegar ao título sem vencer qualquer corrida na Europa, em 2012, e na partida para a nova época é, claramente, o alvo a abater para todos os outros.

Logo a seguir surge, inevitavelmente, o nome de Fernando Alonso (Ferrari). O espanhol voltou a ficar muito perto de recuperar um título que lhe foge desde 2006, ainda nos tempos da Renault. A Ferrari parte melhor do que no ano passado e, por isso, é natural que a sua candidatura seja reforçada.

Os restantes candidatos são aqueles que já festejaram um título. Jenson Button, o último a ser campeão antes da era Vettel, em 2009, espera um McLaren mais fiável para ter condições de desafiar Vettel e Alonso.

Kimi Raikkonen (Lotus), campeão em 2007 pela Ferrari, foi a grande surpresa da temporada passada, ano em que voltou. Foi o único a terminar todas as corridas e segue numa onda impressionante de regularidade. Desde a segunda, no Bahrain, pontuou em todas. Quer prolongar a série e tem de ser levado em conta para o título.

Lewis Hamilton (Mercedes) é menos candidato este ano. A troca de equipa coloca um grande ponto de interrogação no futuro do campeão de 2008. A Mercedes dominou a pré-época mas a doer é outra coisa. Terá pedalada para os rivais?

Os outsiders

Entre os que nunca foram campeões mas têm de ser tidos em conta, destaca-se o nome de Mark Webber (Red Bull). Porque tem ¿o mesmo carro¿ do campeão e é o mais experiente em pista. Felipe Massa (Ferrari) tarde em readquirir o ritmo que quase lhe deu o título em 2008 e Sérgio Perez (McLaren) terá ainda de confirmar os bons indicadores deixados na Sauber.

A estes junta-se o nome de Pastor Maldonado. O venezuelano é a principal esperança da Williams, depois de ter conseguido a primeira vitória da carreira no GP Espanha de 2012. Terá de controlar o ímpeto que o prejudicou muitas vezes. Se o fizer, e como já provou ser um piloto rápido, terá de ser levado em conta para a disputa de uma posição cimeira.

Por fim, Nico Rosberg. O homem que deu a primeira vitória à Mercedes em cinquenta anos (GP China 2012) terá sobre si a enorme sombra de Lewis Hamilton, mas foi o mais rápido nos testes de Barcelona e deverá lutar, pelo menos, por alguns pódios.

A merecer um olhar atento

Há quatro pilotos que poderão brilhar ocasionalmente mas que dificilmente terão hipóteses de lutar por algo mais que uma boa posição.

Entre eles salta à vista o nome de Romain Grosjean (Lotus). Foi uma das figuras da época de 2012 mas quase sempre pelos piores motivos. Como surgirá na nova época? Se vier mais calmo, com um carro que é bom e com a rapidez que já mostrou, até poderá entrar no leque dos outsiders. Mas, para já, tudo não passa de especulação.

Nico Hulkenberg mudou de equipa mas continua a prometer algo mais. Será na Sauber que chega ao pódio? E como fica a dupla da Force India? Paul di Resta oscilou entre o bom e o razoável em 2012. Adrian Sutil volta cheio de confiança. Uma coisa é certa: é bom ter este grupo debaixo de olho.

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