África do Sul fez história nesta edição do Mundial feminino. A seleção sul-africana alcançou a primeira vitória na prova e conseguiu o feito inédito de se apurar para os oitavos de final. E bem pode agradecer à dupla Hildah Magaia e Thembi Kgatlana.
A jogadora de 28 anos que alinha na Coreia do Sul ao serviço do Sejong Sportstoto marcou um golo e fez o passe para Kgatlana assinar o 3-2 final na partida contra a Itália. Uma assistência que levava todos os sonhos de um país, no fundo.
Quem é afinal, Hildah Magaia?
Começou por ser uma menina que sonhava em ser futebolista no meio de homens. Pois é, Magaia jogou vários anos numa equipa em que só havia rapazes tão raro era uma rapariga jogar futebol. Foi assim até começar a jogar pelo Universidade de Tshwane e volvidos seis anos, estava a jogar pelo Moron BK da primeira divisão da Suécia.
«Na minha família há várias pessoas que amam futebol. Tive sorte de ser a que conseguiu chegar mais longe neste desporto. Comecei a jogar futebol no quintal de casa com o meu pai, irmão e tio. Depois comecei a jogar numa equipa de rapazes porque não havia equipa feminina», explicou, citado pelo «The Guardian».
Esta não foi, de resto, a primeira vez que Magaia foi protagonista nos maiores palcos. A avançado já tinha feito os dois golos que permitiram à África do Sul derrotar Marrocos na final da Taça Africana das Nações.
Eis a história de uma menina, como tantas outras, que começou a jogar com rapazes.
Este perfil foi escrito no âmbito da Guardian Experts' Network, que tem o Maisfutebol como representante português.
” Ela e sua família nunca esquecerão seus dois gols para entregar a Banyana Banyana seu primeiro título continental durante a final da Copa Africana de Nações Feminina em 2022.