A experiência no uso de um chip dentro das bolas para saber se esta passou ou não a linha de golo está a ser considerada um sucesso. A FIFA tem aproveitado o Mundial sub-17, que decorre no Peru, para testar a nova tecnologia, e para já a resposta dos árbitros e dos responsáveis pela concepção técnica do chip tem sido muito positiva, apesar de ainda não ter surgido nenhuma situação que obrigasse ao recurso tecnológico.
O Mundial sub-17 é considerado, de resto, um teste à adopção do mesmo material no próximo Mundial da Alemanha. As novas bolas foram concebidas em parceria pela Adidas e pela Cairos, a empresa responsável pela criação do sistema, sendo que até ao momento nunca foi perdido o sinal de transmissão de informação do chip para o computador, apesar da violência com que a bola é tratada dentro de campo.
O responsável da Adidas pelas relações com a FIFA teve um encontro com árbitros presentes no Mundial para conhecer as suas opiniões, tendo referido que estes tiveram uma reacção «muito positiva, olhando para a tecnologia como uma ferramenta de ajuda». A nova tecnologia funciona através de um chip de quinze milímetros colocados no centro da bola, o qual envia para doze antenas colocadas nos cantos do relvado um sinal de rádio quando cruza a linha de golo, como se tivesse tocado numa fenda eléctrica, sinal esse que é depois transmitido para um computador, o qual envia em menos de um segundo uma mensagem para um relógio que os árbitros trazem no pulso.