Este sábado faz 44 anos que a Argentina conquistou o seu primeiro título de campeã do mundo, a 25 de junho de 1978, no Estádio Monumental, casa do River Plate, no «Mundial dos papelinhos», em plena ditadura de Jorge Videla.

Uma final em que as duas seleções não contaram com as suas maiores figuras da história: Joham Cruyff, com 31 anos, tinha cumprido a última temporada pelo Barcelona e renunciou ao Mundial, alegadamente por problemas familiares, enquanto Diego Maradona, com apenas 17 anos, estava ainda a dar os primeiros passos de uma carreira histórica e foi «cortado», à última da hora, pelo selecionador César Luis Menotti.

Um Mundial cheio de histórias, muita contestação à ditadura de Videla, e relvados, plantados a poucos dias do início da fase final, que saltavam das botas dos jogadores.

Na final, marcada pela chuva de papelinhos, a Argentina impôs-se à Holanda no prolongamento, com uma vitória por 3-1, depois de um empate 1-1 no tempo regulamentar.

Não houve Maradona, mas houve Mario Kempes que abriu o marcador na primeira parte, aos 38 minutos. A laranja mecânica ainda empatou, com um golo de Nanninga, aos 82 minutos, mas festa foi mesmo alviceleste, com Kempes a voltar a marcar no prolongamento antes de Bertoni fixar o resultado final.

No 11.º Mundial, a Argentina tornou-se na quinta seleção a conquistar o ceptro em casa, depois do Uruguai (1930), Itália (1934), Inglaterra (1966) e República Federal Alemã (1974). Foi o primeiro Mundial da Argentina, antes do segundo, em 1986, no México, mas esse foi o Mundial de Maradona.

Recorde aqui a história final de 1978: