* No Lincoln Financial Field, em Filadélfia
Sem surpresa, o Manchester City arrancou o Mundial de Clubes com uma vitória de serviços mínimos por 2-0 sobre o Wydad Casablanca, equipa marroquina que defrontou o FC Porto num jogo particular antes da competição.
Sem portugueses de início (só Matheus Nunes entrou aos 90 minutos) e com vários habituais titulares a começarem o jogo no banco – como Rúben Dias, Gundogan, Bernardo Silva ou Erling Haaland – Guardiola terá aproveitado o evidente desequilíbrio de forças para começar a trabalhar rotinas para a nova época, promovendo a titularidade dos reforços Reijnders (ex-Milan), de Cherki (ex-Lyon) e também de Vitor Reis, defesa recrutado ao Palmeiras de Abel Ferreira em janeiro passado e que havia cumprido pouco mais de 100 minutos de jogo nos últimos seis meses.
Ainda não estavam cumpridos dois minutos de jogo quando os citizens passaram à prática a esmagadora superioridade sobre o conjunto africano. Aproveitando uma defesa para a frente do guarda-redes do Wydad, Phil Foden disparou certeiro de pé esquerdo para o 1-0 no Lincoln Financial Field, em Filadélfia.
Apesar da superioridade com bola e do domínio estatístico em quase todos os parâmetros de jogo, o conjunto inglês demonstrou intranquilidade nos momentos sem bola, permitindo aos marroquinos várias transições perigosas, quase todas elas com Lorchy, extremo sul-africano, como protagonista.
A vulnerabilidade do Wydad Casablanca era, no entanto, visível quando os citizens conseguiam encostar o adversário atrás. Sem precisarem de muitos toques, Foden, Savinho e Doku encontravam consistentemente formas de criar perigo. Ainda assim, foi de bola parada que dobraram a vantagem, quando já na reta final da primeira parte Dolu aproveitou uma desatenção alheia para, na sequência de um canto batido da direita, empurrar para o 2-0.
Na segunda parte, a toada do jogo manteve-se. O futebol rendilhado do Man City e os ataques rápidos do Wydad, que ainda assim não conseguiu ter a acutilância ofensiva dos primeiros 45 minutos.
E o jogo prosseguiu, lentamente, até ao fim, com os citizens sem urgência para dilatar a vantagem e o conjunto marroquino sem capacidade para reentrar na discussão pelo resultado, até porque a expulsão de Rico Lewis – vermelho direto por entrada dura sobre Samuel Obeng – pouco tempo deixou para mudar a história.
O Manchester City arrancou o Mundial como era expectável: com uma vitória e sem grandes sobressaltos.
Mas também sem brilho.
A FIGURA: Phil Foden
Inaugurou o marcador logo a abrir e assistiu para o 2-0, da autoria de Doku. Pelo meio, ainda ameaçou bisar. Saiu aos 60 minutos, já com os estragos feitos e o jogo resolvido.
MENÇÃO HONROSA: Thembinkosi Lorch
O extremo sul-africano de 31 anos, que fez toda a carreira no país natal até chegar ao Wydad no princípio do ano, foi de longe o melhor da equipa marroquina. Esteve em quase todas as jogadas de perigo e colocou, sobretudo na primeira parte, muitas dificuldades aos defesas do City.
O MOMENTO: golo de Doku. MINUTO 42
O Manchester City adiantou-se no marcador aos 2 minutos, mas passou por alguns sobressaltos defensivos. O 2-0, quase em cima do intervalo, dissipou quaisquer dúvidas que pudessem ainda existir sobre quem levaria os 3 pontos.