* No Bank of America Stadium, em Charlotte

A FIGURA: TRUBIN

Teve uma primeira parte relativamente descansada, mas na segunda agigantou-se e foi ele o principal responsável pela vitória histórica do Benfica sobre o Bayern. Levou a melhor sobre Leroy Sané em duas jogadas nas quais o jogador alemão lhe apareceu isolado e brilhou também a um remate de Pavlovic. Nunca tremeu.

O MOMENTO: golo de Schjelderup. MINUTO 13

Muito seguro defensivamente, o Benfica conseguiu durante a primeira metade dos 45 minutos iniciais explorar os espaços existentes nos momentos com bola. Aos 13 minutos, numa transição em que a bola circulou da esquerda para a direita, Schjelderup fez o 1-0 que deixou as águias mais tranquilas na luta pelos «oitavos».

OUTROS DESTAQUES

Otamendi e António Silva: o primeiro liderou de forma exemplar a linha defensiva das águias, que conseguiu fazer cair os bávaros muitas vezes na armadilha do fora de jogo. Nem tudo foi perfeito, até porque foram superados várias vezes, mas aí os problemas estiveram também na forma como os homens do meio-campo foram perdendo capacidade para condicionar os adversários.

Di María: esteve em quase tudo o que o Benfica produziu ofensivamente na primeira parte. Foi dele a primeira ameaça das águias, que Neuer defendeu com dificuldade para canto e combinou na perfeição com Aursnes na jogada que culminou no 1-0 de Andreas Schjelderup. Ainda antes do minuto 20, combinou bem com Pavlidis, num lance em que o grego se isolou depois de um túnel a um adversário, mas não conseguiu, depois, ser competente no momento de finalizar. Nasceu para estes jogos e aos 37 anos, de saída das águias para o país natal, ainda tem muito futebol dentro dele.

Schjelderup: titular pela primeira vez neste Mundial de Clubes, atacou o espaço e finalizou certeiro para o 1-0 do Benfica aos 13 minutos após ser servido pelo compatriota Aursnes. Precisou de estar sempre compenetrado no trabalho defensivo e a proteger o corredor das subidas de Boey e das combinações do lateral dos bávaros com o sempre perigoso Leroy Sané.

Dahl: rendeu o castigado Álvaro Carreras e deu boa conta do recado. Não foi exuberante como o espanhol nos momentos ofensivos – foram poucas as vezes em que lhe foram permitidas essas ações – mas cumpriu sempre no plano defensivo. No início da segunda parte dobrou Otamendi de forma impecável numa jogada em que a bola ia sobrar para Müller.

Kimmich: lançado no início da segunda parte, sustentou muito o crescimento imediato do futebol dos bávaros. Abriu um livro com o passe espetacular que rasgou a defesa das águias e isolou Sané e marcou num remate de meia-distância por volta da hora de jogo, mas o golo foi invalidado por fora de jogo posicional de Harry Kane. Qualidade tremenda.

Leroy Sané: serviu de forma perfeita Müller já na reta final da primeira parte e no regresso dos balneários apareceu isolado na cara de Trubin, mas o ucraniano levou a melhor. Aí e já perto do fim do jogo em mais um frente a frente com o germânico. Um perigo permanente, fosse à direita (onde esteve na primeira parte), ou à esquerda, para onde passou após a entrada de Olise, um dos três jogadores lançados por Kompany logo após o intervalo, mas muito ineficaz.