O treinador do Nacional, Pedro Caixinha, fez uma primeira análise da preparação da equipa para a temporada 2012/13. Obviamente, o técnico quer «fazer mais e melhor» que na época anterior, na qual os alvinegros terminaram na sétima posição. Caixinha diz que não faz promessas, porque é «mais de trabalho».
Ora, foi com essa ideia que o técnico abordou estes primeiros dias da equipa. «Os jogadores apresentaram-se numa forma fantástica, demos aos que ficaram um plano de férias e transmitimos um conjunto de informações. Todos eles o cumpriram à risca», disse Pedro Caixinha. «O quer dizer que o nosso trabalho ficou muito mais facilitado e estamos muito satisfeitos», completou.
O treinador do Nacional sublinha que «o trabalho feito será o mesmo, desde o primeiro ao último treino da temporada», ou seja: «As nossas ideias de jogo têm de estar presentes desde o primeiro dia e temos de as passar para os jogadores. A dominante dos nossos treinos é o nosso modelo. Atendemos também à componente fisiológica e o que vai diferenciar esta semana da semana antes do primeiro jogo oficial é o número de treinos.»
Depois, o tal discurso de não prometer: «Não sou muito de promessas, sou mais de trabalho, a mensagem que podemos deixar é que sabemos que existem muitas expetativas em relação à nossa equipa que nos dão mais responsabilidades que encaramos de forma natural e utilizamos como um dos nossos lemas: máxima liberdade, máxima responsabilidade.»
Caixinha releva que a equipa técnica «sabe o que de bom se fez no ano passado», por isso deseja «fazer mais e melhor» em 2012/13.
O fim dos empréstimos
O plantel dos madeirenses não está fechado, até porque o mercado ainda vai continuar aberto por muito tempo e muita coisa pode acontecer. «Já dissemos aos jogadores que este é o nosso plantel porque fomos nós que o escolhemos. Acreditamos muito neles e que têm potencial para aqui estar. Quero lembrar que este grupo tem 25% de jogadores oriundos da formação do clube. Este é um clube formador e vendedor. Estamos dentro do mercado e até ao dia 31 podem existir saídas e entradas», declarou.
A proposta para o fim dos empréstimos entre clubes da I Liga partiu do Nacional. O treinador comenta essa medida, aprovada por maioria, pelos outros emblemas. «Há ponto muito importante para que tenhamos tantos jogadores formados por nós que é a sua qualidade. Quando se fala dos empréstimos, ouve-se dizer que muitos deles têm a ver com jogadores portugueses. São os principais prejudicados. Mas, por exemplo, quando jogámos com o Leiria na época passada, havia jogadores emprestados, mas apenas um era português», recordou.
«Por isso, temos de abordar o mercado doutra maneira, se calhar enveredar pela via da formação e trabalhar mais para organizar os plantéis das equipas principais», concluiu.
Entretanto, a grande novidade do dia foi a integração de Mateus. O angolano treinou na sessão da tarde.
Quanto ao mercado, o Nacional informou que não recebeu qualquer proposta por Mario Rondon e sublinha que o «valor mínimo estipulado» para uma venda do avançado venezuelano é de quatro milhões de euros.