O Braga estava obrigado a vencer. E venceu. Após nove jornadas, Manuel Machado viu a sua equipa regressar aos triunfos após oito jogos e manter a esperança na obtenção de um lugar Europeu. O Nacional quebrou uma série de oito jogos sem perder ao ser anulado em termos tácticos e só Coentrão mexeu um pouco com essa apatia.
Agora, os «alvinegros» ficam mais distantes da Taça UEFA, sendo mesmo ultrapassados pela equipa minhota.
O Nacional surgiu com um onze onde Pateiro foi a grande surpresa no lugar de Fábio Coentrão e com Juninho também na equipa. Desta forma, Jokanovic apostava em fechar bem os flancos bracarenses. Manuel Machado também surpreendeu ao deixar Miguelito e Linz no banco.
Logo aos dois minutos, Juninho rematou forte ao lado, mas com algum perigo, após um bom trabalho individual. Continuando a aposta em resolver cedo a contenda, Alonso rematou à baliza de Kieszek com perigo, à entrada da grande área. O Braga teimava em acertar marcações e a sair para o ataque.
Os bracarenses reagiram finalmente aos 12 minutos, num bom cruzamento de Wender e que Fernando Cardozo cortou para canto, com César Peixoto em boas condições para rematar. Ao minuto 17, Ricardo Fernandes, num corte, isolou Jailson mas o árbitro auxiliar assinalou fora_de-jogo deste bracarense, mal diga-se, e com muitos protestos do banco visitante.
Zé Manel marca de livre directo
Dando expressão à subida de rendimento, muito por culpa de César Peixoto que se mostrou rematador e inconformado, o Braga inaugurou o marcador por intermédio de Zé Manuel, na marcação de um livre directo, onde Bracali terá sido traído pelo movimentação de Wender que tentou o desvio de cabeça.
Os «alvinegros» tentaram subir no relvado e reagir ao golo sofrido. Aapós um livre de Juliano aos 36 minutos, a bola bateu num defesa e Rodrigo tentou o remate de bicicleta mas saiu alto. A turma de Manuel Machado, bem «fechada», saía em contra-ataque com perigo e, aos 38 minutos, após um bom passe de César Peixoto, Jailson rematou forte para grande defesa de Bracali.
Após a cobrança de um canto e numa grande confusão na área, Kieszek larga a bola, Juninho de cabeça bate num defesa e Rodrigo também de cabeça empurra para a baliza, onde João Pereira surge sobre a linha de baliza a salvar.
A partida estava animada, apesar das muitas faltas assinaladas por Artur Soares Dias, que saiu para intervalo debaixo de muitos assobios.
Nacional só mexe aos 55 minutos
Em desvantagem, pensou-se que o técnico nacionalista fosse alterar a sua equipa ao intervalo, mas tal não aconteceu. Só aos 55 minutos é que Duarte Correia (Jokanovic está suspenso) mexeu na formação local, lançando Coentrão e Lipatin, retirando os apagados Pateiro e Juninho.
Machado respondeu cirurgicamente retirando Wender e Zé Manuel, fazendo entrar Matheus e Andrés Madrid que deram continuidade a uma táctica muito bem estudada e de quem conhece bem os cantos à casa. Machado não deixou jogar o Nacional tapando os flancos e Juliano não pôde brilhar.
Só aos 78 minutos, e num livre, Patacas assustou Kieszek, que se mostrou uma vez mais inseguro, largando um remate. E no mesmo minuto, após um cruzamento de Rodrigo, João Pereira salva para canto com Coentrão por perto.
Peixoto falha xeque-mate, Coentrão acerta na barra
Na resposta, César Peixoto isola-se após passe de Matheus, mas só com Bracali pela frente remata rasteiro ao lado. A partida voltou a animar. Após uma assistência de Lipatin de cabeça, Coentrão encheu o pé e acertou na barra, aos 80 minutos.
O Braga voltou a estar perto de marcar aos 85 minutos, quando Matheus, após um trabalho na linha de fundo, cruzou e Bracali evitou o pior com Peixoto por perto.
A vitória dos minhotos aceita-se pela forma como souberam fechar os caminhos para a baliza e foram mais eficaz na hora do remate. O Nacional não teve uma noite feliz e só num forcing final é que causou mais problemas à defesa visitante.