Consumada a descida de divisão, Rui Alves assume parte das culpas pelo insucesso desportivo. Em entrevista ao Jornal de Notícias da Madeira, o presidente do Nacional não deixou de endereçar críticas aos atletas que os insuladores receberam por empréstimo no início da temporada.

«Assumo uma má avaliação da minha parte porque a intenção era que os jogadores emprestados tivessem uma qualidade que o Nacional não teria possibilidade de adquirir de outra forma a não ser por esta via. Mas a verdade é que não imaginaria, por exemplo, que o pior central que conheci na primeira liga fosse emprestado pelo Benfica. Não me passaria pela cabeça!», declarou, confessando que as duas mudanças técnicas não surtiram os efeitos desejados.

«Se voltasse atrás não procederia ao despedimento do professor Manuel Machado, até porque fazia parte do ADN do Nacional não despedir treinadores e isso correspondeu sempre a uma força estrutural para resolver muitas situações. Este ano deixei-me vencer pela tentação da mudança e não ganhámos nada com isso», atirou.

Para 2017/18, Rui Alves promete lutar pela subida de divisão, embora não possa contar com os mesmos argumentos económicos de outras temporadas. «Só para termo de comparação, iremos para a II Liga com metade da subvenção que tínhamos quando descemos há 15 anos. Portanto, vamos receber metade e os custos associados à atividade duplicaram, o que significa que a competitividade que teremos está claramente condicionada do ponto de vista financeiro».