A morte de Eusébio representa a perda de «um dos ícones do futebol mundial», disse à Lusa o presidente da Federação Angolana de Futebol, Pedro Neto, a propósito da morte hoje (5) em Lisboa do futebolista.

«É um momento de bastante tristeza, na medida em que se perdeu um dos ícones do futebol mundial. Estrela mais cintilante do futebol português e, quiçá, que tenha passado pelas fileiras do Benfica e por todos estes motivos, por todos estes atributos, acredito que o futebol está mais pobre, vai ficar mais pobre», disse Pedro Neto.

Para o presidente da federação angolana, a melhor forma de se homenagear Eusébio é «seguir o seu exemplo».

Quanto à influência de Eusébio no desenvolvimento do futebol em África, Pedro Neto considera que foi evidente.

«De forma direta ou indireta, Eusébio acabou por ser um embaixador do futebol africano, na Europeu e no mundo. O seu exemplo enquanto atleta, enquanto jogador, porque não foram poucos os jovens que utilizaram o seu exemplo», destacou.

Pedro Neto considerou ainda que Eusébio constituiu um «exemplo», porque foi «a grande aspiração dos jovens futebolistas africanos, em particular das ex colónias portuguesas».

«Por todo este motivo, considero que Eusébio jogou um papel preponderante neste desiderato e com certeza com o seu passamento físico vamos continuar a utilizá-lo como um bastião para que o futebol africano possa ganhar mais projeção», concluiu.

Eusébio da Silva Ferreira morreu hoje às 04:30 vítima de paragem cardiorrespiratória, disse à agência Lusa fonte do clube.

O «Pantera Negra» foi eleito o melhor jogador do Mundo em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial Inglaterra de 1966 foi considerado o melhor jogador da competição, na qual foi o melhor marcador, com nove golos. Na mesma competição, Portugal terminou no terceiro lugar.

Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.

Lusa