Respeito, mas muita ambição. A derrota por 2-0 frente ao Dínamo de Minsk no jogo da primeira-mão do play-off complicou o apuramento do Nacional para a fase de grupos da Liga Europa, mas Manuel Machado confia na reviravolta.

«Precisamos de ser mais compactos defensivamente e mais capazes ofensivamente. Estamos a perder por 2-0 mas temos outra parte para jogar. Com paciência, organização e disciplina é possível. As possibilidades estão em aberto», assegurou o treinador alvinegro, reconhecendo, porém, que um eventual golo sofrido diminui logo as possibilidades de passagem em frente.

Na conferência de imprensa, Machado fez questão de deixar uma certeza em relação ao Minsk. «No conjunto, não estamos perante nenhum papão! É, sim, uma equipa mais rodada, com 26 ou 27 jogos oficiais já realizados, o que é uma vantagem, e tem uma frente de ataque muito interessante. O 15, o 22 e o 88 são jogadores de muito bom nível. É uma equipa bem estruturada», analisou o treinador alvi-negro, recordando, por outro lado, que o Nacional «tem o plantel mais jovem da Liga.»

O clube madeirense atravessa uma fase complicada, com três derrotas em outros tantos jogos, arranque menos feliz desvalorizado pelo treinador. «Em 2012 quando cá cheguei o Nacional tinha 5 pontos em seis jogos. Quando acabamos o campeonato ficamos a 3 pontos da Europa. Arranques menos brilhantes não me perturbam. Sei o que é o meu passado em termos de desempenho e sei também que há muitos jogadores novos, mas a confiança está lá! Da mesma maneira como perdemos três jogos, ganhamos quatro», sublinhou, alertando para algumas contingências que contribuíram para a última derrota diante do Belenenses.

«Tivemos um golo limpo anulado que nos poderia ter relançado para outro desempenho. Para além disso, a expulsão do Aly pareceu-me forçadíssima. Há, por isso, um conjunto de factores que não retiram confiança porque o desempenho não é assim tão deficitário», lembrou.