A Segunda Liga vai sofrer novas reformulações nas próximas épocas, anunciou esta segunda-feira a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Pedro Proença, presidente da LPFP, e José Godinho, presidente da Oliveirense e o dirigente que encabeça a comissão de clubes da Segunda Liga, explicaram o novo modelo competitivo do campeonato que passará a ter 20 equipas em 2017/18 e, se houver consenso nesse sentido, terá 18 na temporada seguinte.

Para já existirá a redução de duas equipas em 2016/17 (competição com 22 clubes) e está em estudo a criação de um playoff entre o antepenúltimo da Primeira Liga e o terceiro classificado da LigaPro, a nova designação do segundo escalão.

O presidente da LFPF referiu que a LigaPro «se deve afirmar como plataforma de novos talentos» e por isso existirá um limite mínimo de inscrição nas fichas de jogo de jogadores sub-23 nacionais.

«A LigaPro [Segunda Liga] deve assumir-se como base de recrutamento, por excelência, para as seleções nacionais jovens e para os clubes da I Liga», afirmou Pedro Proença.

José Godinho salientou a importância do jogador português e do segundo escalão: «Queremos uma competição credível, onde esteja patente a verdadeira formação do jogador português e este novo modelo competitivo é um virar de página nesse capítulo.»

Segundo Proença, os clubes da LigaPro terão um caderno de encargos a cumprir no sentido de melhorar a qualidade do produto final, tornando a competição mais atraente sob o ponto de vista comercial, mediático e para os espetadores que a acompanham nos estádios.

Para isso será criada uma comissão que «fiscalizará» e trabalhará nesse sentido. Sobre a possível centralização dos direitos televisivos, Proença disse:  «A direção está a estudar o tema e queremos as melhores e mais altas receitas possíveis.»