Manuel Machado, treinador do Nacional, em declarações no final da partida em que a sua equipa foi derrotada pelo Arouca, neste domingo.

«Antes de mais, quero dar os parabéns ao Arouca pela vitória e pela campanha. Aquilo que está a fazer, entre emblemas muito mais pesados e com um histórico muito diferente, estando à beirinha de uma qualificação inédita para a Europa de que não é fácil encontrar paralelo. Talvez só o D. Chaves, também do interior, nos anos 80, conseguiu tal feito».

«Quanto ao jogo, há três momentos que merecem referência: no primeiro temos de assumir inteira responsabilidade, porque colocar a bola nos pés do adversário na nossa primeira fase de construção é um erro de futebol de formação; depois, quando eu vir uma grande penalidade ser assinalada destas contra o FC Porto, Benfica ou Sporting, eu aceito o critério que foi aqui usado pelo Cosme Machado; e digo o mesmo em relação à expulsão, digam-me uma situação em que um jogador dos três grandes tenha sido expulso com dois amarelos no mesmo lance».

«Ninguém estraga o espetáculo da forma como o Cosme Machado faz. O que é que o futebol ganha com isso? Ainda para mais, quando foi o árbitro que, na reunião antes do jogo, disse que queria valorizar o espetáculo desportivo. Acho que não houve nada no campo que levasse a decisões como as que o árbitro teve. Entristece-me a diferenciação dos critérios perante um estádio de 50 mil e um de 3000 pessoas. É pena. O futebol merecia mais uniformidade na forma como os vários emblemas são tratados».