«O futebol e a injustiça no futebol tem a ver com os golos. Infelizmente hoje fizemos dois e empatamos a um. Marcamos um na baliza errada e por isso temos que assumir essa responsabilidade.
Fundamentalmente o jogo vale por aquilo que representa em termos de valorização de um jogo de futebol. Acho que foi um bom jogo, aberto, em todo o campo, com muitos lances nas áreas de um e de outro lado e por isso a justiça faz-se pela eficácia.
Tivemos de facto, sobretudo no primeiro tempo, três ou quatro momentos muito bons que não conseguimos concretizar, primeiro porque demos má direção e depois porque o Patrício também lá está e fez o seu trabalho muito bem. E, tivemos aquela infelicidade de fazer um auto-golo por um jogador menos rodado, menos experiente, que, num lance pacífico, acabou por introduzir a bola na nossa baliza.
Eu diria que se chegássemos ao intervalo, porque o Sporting também teve um bom momento no primeiro tempo, não sei por quem, mas alguém meteu uma bola perigosa por cima da barra, pela quantidade de lances construídos numa e noutra área, se chegássemos ao intervalo com o resultado ao contrário eu diria que os primeiros quarenta e cinco minutos teriam um resultado justo. Não foi assim, pelos motivos que referi.
O segundo tempo penso que vale sobretudo pela atitude da minha equipa. Nunca se entregou e foi pressionante. O Sporting fez o seu jogo. Tinha vantagem e por isso recolheu-se um pouco. Juntou mais as linhas no seu setor mais recuado mas fomos insistindo e no meio de momentos não muito limpos, porque estava muita gente já naqueles últimos quarenta metros, por fazer um golo que dá um mínimo de justiça aos 93 minutos jogados.
A questão da arbitragem não me parece hoje ser muito importante. Até me irritei um pouco no primeiro tempo porque há uma sucessão de faltas, não muito significativas, mas porque na mesma situação, foram sempre com um julgamento um pouco diferente.
Por isso, sendo dois emblemas de grandeza muito diferente, já que o Sporting é um grande emblema do futebol nacional e o Nacional é um pequeno clube de uma região periférica, sempre me irrita, vou confessar, quando penalizam os mais pequenos. Não foram lances capitais nem nada disso, mas a faltinha no meio campo passa em claro quatro vezes, acaba por me irritar.
Este país é um país que tem essa cultura. Já me irrita a política do Passos Coelho e do Paulo Portas, sempre a penalizar os pequeninos, os frágeis, os fracos, aqueles que não se podem defender e quando isso se transfere para o desporto e é o mais pequeno a ser sucessivamente castigado, acaba por me irritar mesmo. Mas isso tem a haver com o meu caráter e não com este trio de arbitragem, que, penso que fez um jogo normal, não influenciou o resultado e por isso parabéns para eles também.»
Este país é um país que tem essa cultura. Já me irrita a política do Passos Coelho e do Paulo Portas, sempre a penalizar os pequeninos, os frágeis, os fracos, aqueles que não se podem defender e quando isso se transfere para o desporto e é o mais pequeno a ser sucessivamente castigado, acaba por me irritar mesmo. Mas isso tem a haver com o meu caráter e não com este trio de arbitragem, que, penso que fez um jogo normal, não influenciou o resultado e por isso parabéns para eles também.»
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