O presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaïfi, foi absolvido, esta sexta-feira, num processo de corrupção sobre direitos televisivos, enquanto o antigo número dois da FIFA, Jérôme Valcke, escapou à prisão, tendo sido condenado por «falsificação», mas com pena suspensa.

Os dois foram acusados de celebrar um acordo à margem da FIFA, com condições «muito vantajosas», como descreveu o tribunal suíço. O Ministério Público pediu três anos de prisão para Jérôme Valcke, 28 meses para Nasser Al-Khelaïfi e 30 meses para um empresário grego, que também foi absolvido na sexta-feira.

O ex-secretário-geral da FIFA foi acusado de ter pedido ajuda a Nasser Al-Khelaïfi para comprar uma luxuosa moradia na Sardenha, em 2013, quando a empresa beIN, detida pelo presidente do PSG, negociava o prolongamento dos direitos televisivos para o Norte de África e Médio Oriente dos Mundiais de 2026 e 2030.

Valcke admitiu que pediu ajuda ao dirigente dos parisienses para financiar a compra, no valor de cinco milhões de euros, mas defendeu que o episódio nada tinha a ver com o contrato de direitos televisivos celebrado pouco depois. Ambos lembraram, ainda, que a beIN pagou uma quantia muito alta por esse contrato, que a FIFA nunca reclamou.

Num outro processo, o antigo número dois do organismo que regula o futebol mundial foi condenado a 120 dias de multa, com pena suspensa, por «falsificação», e acabou absolvido da acusação de «corrupção».