A Naval deu o pontapé-de-saída na preparação da pré-época com os primeiros exames médicos, seguindo-se na tarde desta segunda-feira o primeiro treino. No total, o clube deu a conhecer 27 jogadores, 20 da época passada mais sete reforços, embora o jovem João Mendes, que não faz parte dos planos, se tenha também apresentado, por ter contrato até final do mês. Orestes e Fábio Júnior foram os únicos a faltar à chamada mas chegarão durante a semana.

Esta será uma época de viragem para os figueirenses, que vão passar a competir como SAD, passando a ter um cunho cada vez mais profissional, algo que o presidente irá exigir também a quem lidera a equipa do banco, neste caso o francês Victor Zvunka: «Optámos por um treinador francês, que espero que traga as mudanças que eu quero e ajude a concretizá-las sem esquecer o objectivo que é a manutenção. Quero mudanças a nível de trabalho, espero que as equipas técnicas tenham finalmente por objectivo um trabalho mais assíduo. Não quero criticar treinadores anteriores, mas vou ser mais exigente, sobretudo em termos de uma presença efectiva e cumprimento horário máximos. Foi por isso que optei por um estrangeiro, que traga mais profissionalismo e esteja mais perto jogadores, tenha mais compreensão e dedicação formação dos jovens. Activos deste clube têm de ser cuidados e melhorados todos os dias.»

Depois de uma temporada em cheio, com um oitavo lugar e a chegada às meias-finais da Taça de Portugal, os horizontes, admite o dirigente, até podem alargar-se um pouco: «Num clube como o nosso, pensamos sempre na manutenção mas, se pudermos melhorar, claro, vamos tentar fazê-lo. Penso equipa não perdeu qualidade e dos reforços desejo que venham melhorar. Mas não sei o que se passa na casa dos outros. Só conheço a minha, não sei dos outros. Não sabem quanto sofri época passada [por não terem ido à final da Taça de Portugal]. Gostava de lutar nas três frentes com dignidade. Gosto muito Taça de Portugal, se pudermos fazer chegar mais longe, tanto melhor. Sonhar não é proibido, por que não fazermos melhor que oitavo lugar?»

Aprígio Santos voltou a explicar porque razão gosta do mercado francês, defendendo que privilegia os jogadores portugueses mas quando não estão fora da sua bolsa, prefere optar por atletas que tiveram uma boa formação e têm dado garantias. A finalizar, ficou ainda a certeza de que durante esta segunda-feira pode ficar fechada a contratação do avançado que falta para fechar o plantel. Será francês mas não se trata de Yoann Arquin, do PSG, com quem não chegaram a acordo.