Levantou a taça relativa ao título do Europeu de sub-17 em 2003, esteve no Mundial subsequente da categoria, era avançado e marcava golos, muitos golos. De tal forma que, na segunda destas provas, foi o melhor marcador, com cinco remates certeiros, tantos quantos um tal de... Fabregas.

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O futuro, nessa altura, do jovem formado no Benfica pintava-se de cor-de-rosa, talvez até de todas cores. Um arco-íris de promessas de mais um «produto» de uma geração que revelou Miguel Veloso, Manuel Fernandes ou João Moutinho, entre muitos outros.

Falamos, pois, de Manuel Curto, o avançado reconvertido em «cabeça de área», como dizem os brasileiros, que tenta por estes dias relançar a carreira na Figueira da Foz, de novo entre os emblemas maiores cá do burgo, depois da aridez de um percurso feito pelo E. Amadora, Torreense, Pinhalnovense, Rio Maior ou Estoril.

E começamos por ai, por essa «metamorfose» das quatro linhas, que, por sinal, foi do agrado do jogador da Naval: «Eu era sobretudo médio-ofensivo mas alguns treinadores entenderam que eu podia jogar a médio-defensivo e é, neste momento, a posição onde me sinto melhor.»

Quando se lhe pergunta se tem saudades desse tempo em que se digladiava com os centrais e a proximidade com as redes o tornavam um bom amigo dos golos, Curto tem uma resposta ao jeito do nome mas, ao mesmo tempo, conclusiva: «Não. Eu gosto mesmo é de jogar como médio-defensivo.» Ponto final. Adiante.

«Mozer é um líder nato»

Visto por muitos como um dos artífices da nova vida navalense, pelo menos do bom pronuncio deixado em Guimarães, o camisola 5 da equipa figueirense é eloquente nos elogios ao novo treinador: «O Mozer é um líder nato, já foi jogador e isso é importante, porque ele compreende bem as nossas necessidades.»

Depois de terem sido os primeiros a derrotar o V. Guimarães em casa esta época, os navalistas procuram feito idêntico no Dragão: «Encaramos o jogo da mesma forma do anterior. Será muito difícil, diante do líder do campeonato, mas com trabalho e humildade vamos conseguir um bom resultado. O objectivo é trazer os três pontos.»

Um discurso ambicioso, de quem quer deixar de ser um mero mensageiro da esperança.