A Naval é a equipa que está há mais tempo sem vencer na condição de anfitriã. A última vez aconteceu a 12 de Março, quando bateu a U. Leiria por 1-0, graças a um golo de Diego Ângelo. Desde então, seguiram-se derrotas com o Benfica (2-4), o Desp. Chaves para a Taça de Portugal (1-2), Sp. Braga (0-4) e Académica (0-1) e um empate com o Nacional (0-0).

Esta temporada, os navalistas já foram derrotados na Figueira por F.C Porto (0-1), Sporting (1-3), Paços de Ferreira (1-2), Marítimo (0-2, Taça de Portugal) e averbaram ainda empates com o V. Setúbal (0-0) e o Olhanense (1-1). Quase oito meses depois ou, trocado por miúdos, 260 dias após o último triunfo, os figueirenses têm todos os motivos para desejarem o almejado pontapé na crise, num jogo de grande responsabilidade, por ser diante de um adversário directo.

O factor casa deveria aumentar ainda mais essa responsabilidade mas, para a Naval, esse é um aspecto, por sinal, pouco relevante, pelo que ficou acima exposto. Sintomático: o único triunfo desta época aconteceu fora de portas, há mais de três meses, a 22 de Agosto, quando, ainda sob o comando de Victor Zvunka, a equipa conseguiu os três pontos (1-2) diante do Portimonense, no Algarve.

O magro pecúlio da Naval deve-se, ainda assim, à vigência de Zvunka, uma vez que Rogério Gonçalves, já com cinco jogos no banco, somou quatro derrotas e um empate. Este será, por conseguinte, o sexto jogo do técnico à frente da equipa, igualando o número de partidas do antecessor. Mas mesmo que vença este domingo, apenas irá somar o mesmo número de pontos obtidos pelo francês, durante igual período de tempo.

João Tomás ilumina vila-condenses

O Rio Ave, por seu turno, está longe de poder respirar de alívio, fruto da posição incómoda (13º lugar, 10 pontos) que ainda ocupa. E pode dizer-se ainda porque o percurso dos vila-condenses tem sido de ascensão desde o último lugar até emergirem à tona da água. Os responsáveis do clube fizeram bem em dar tempo a Carlos Brito (a paciência que faltou a Aprígio Santos com Zvunka) que, «ajudado» pelo melhor marcador português da Liga, encetou a almejada recuperação.

João Tomás tem, aliás, um registo para colocar à prova neste encontro: marcou sempre nos últimos três jogos do campeonato e será interessante verificar se irá prolongar a sequência neste domingo, na Figueira da Foz, e ampliar a pecúlio de sete golos que o colocam na vice-liderança da tabela de máximos goleadores, logo atrás de Hulk.

Os resultados do adversário devem dar que pensar a Rogério Gonçalves: a equipa dos Arcos não perde há cinco jogos consecutivos (três para o campeonato e mais um para cada uma das Taças) e está, naturalmente, bastante motivada para esta partida. Já o histórico de confrontos, afirma que os navalistas ganharam quatro dos últimos cinco jogos em casa diante dos vila-condenses, incluindo todas as competições.

Equipas prováveis:

NAVAL: Salin; Carlitos, Rogério Conceição, João Real e Camora; Orestes e Godemèche; João Pedro, Hugo Machado e Bolívia; Fábio Júnior.

Outros convocados: Jorge Batista, Gomis, Daniel Cruz, Alex Hauw, Godinho, Marinho, Simplício e Previtali.

RIO AVE: Paulo Santos: Zé Gomes, Gaspar, Ricardo Chaves e Tiago Pinto; Wires, Tarantini e Braga; Bruno Gama, João Tomás e Yazalde.

Outros convocados: Trigueira, Éder Monteiro, Bruno China, Mendes, Fábio Felício, Sidnei e Cícero.