Jorge Ribeiro resolveu com estilo

Para quem só tinha um golo na Liga, fazer dois na última jornada é obra. Jorge Ribeiro acaba o campeonato em grande com um bis, misto de oportunismo e espectacularidade. O esquerdino já estava a ser preponderante na luta de meio-campo, mas depois decidiu resolver com dois golos em sete minutos; e especialmente o primeiro golo é para ver e rever na televisão. Saiu a meio da segunda parte, claramente poupado para a final da Taça.

João Paulo e Freire, uns muros

Mais desequilibrado que o resultado só mesmo as actuações das duas duplas de centrais. Enquanto João Real e Rogério Conceição meteram água por todos os cantos e lados, João Paulo e Freire resolveram tudo o que lhes apareceu, incluindo algumas situações em que já nem os avançados navalistas contavam com eles. Especialmente João Paulo esteve em todas, ganhando todos os lances por alto e fazendo uma série de cortes complicados.

Nilson correspondeu

De entre as muitas exibições memoráveis que já fez pelo clube, a de ontem não vai entrar para o top, mas foi exemplo daquilo que deve ser um guarda-redes. Nilson respondeu a todas as solicitações, mesmo não tendo assinado mais que uma ou duas grandes defesas. E é por causa de actuações como a deste jogo que os defesas se sentem mais seguros.

Giuliano merecia mais

Quem viu os últimos dois jogos da Naval só pode perguntar uma coisa: por que razão Giuliano só foi titular por quatro vezes está época? O médio foi o grande criador de uma equipa que em todo o campeonato não teve um 10 e certamente merecia mais oportunidades. Incompreensível também a sua saída a meio da segunda parte, porque a Naval ressentiu-se (e muito) de não ter em terrenos adiantados alguém com esta visão de jogo.