Os melhores jogadores da primeira semana da NBA foram Michael Carter-Williams, rookie dos Philadelphia 76ers, e Kevin Love, dos Minnesota Timberwolves. Foram fantásticos, mas não são jogadores de primeiro plano, nem estão em equipas de primeiro plano. Essas ainda estão a aquecer.

Carter-Williams chegou este ano à NBA como 11ª escolha do draft. Entrou em campo e ajudou os 76ers a ganhar os três primeiros jogos, o que incluiu ganhar aos campeões Miami Heat e aos Chicago Bulls, perdendo apenas ao quarto. Tem média de 20 pontos e 7.8 assistências por jogo. Tornou-se apenas no segundo jogador na história a ser eleito pela NBA melhor jogador na semana de estreia. O outro foi Shaquille ONeal, em 1992. O que eleva e muito as expectativas para o que fará a seguir.



Se Carter-Wlliams foi o eleito na Conferência Leste, a escolha no Oeste foi para um jogador mais experiente. Kevin Love, de 25 anos, vai na sexta temporada nos Wolves, já foi duas vezes eleito para jogar na equipa «All Star» e é o detentor do recorde da Liga para o maior número de jogos seguidos a marcar duplos-duplos (pelo menos 10 pontos e 10 ressaltos), nada menos que 53.

Esta épocas os Wolves também só perderam ao quarto jogo. Love começou a época marcando 31 pontos na vitória sobre os Orlando Magic, incluindo o triplo que forçou o prolongamento.Tem em média 26,5 pontos por jogo. Estava perto dos 30 de média, mas tal como aconteceu com Carter-Wlliams, baixou de rendimento ao quarto jogo.

Foi de qualquer modo uma primeira semana em estilo e cheia de moral para o extremo. No domingo, os Timberwolves foram ao Madison Square ganhar aos New York Knicks e Love, depois de marcar um cesto em desequílibrio, festejou com um «High Five» a Spike Lee, o realizador norte-americano que é um dos mais indefetíveis adeptos dos New York Knicks.



Entre as equipas mais cotadas, de resto, têm-se destacado os LA Clippers e, com eles, Chris Paul. Aos 28 anos, aquele que foi o rookie do ano em 2006, que é bicampeão olímpico e ano após ano uma das certezas da NBA teve um início fulgurante. Ninguém fez tantas assistências como ele ao fim da primeira semana e é um dos melhores marcadores em absoluto.

Os Clippers, com três vitórias e uma derrota, também terminaram a semana com uma bela demonstração de força, ao baterem os Houston Rockets, até aí só com vitórias, por 137-118. Desde 2009 que não marcavam tantos pontos num jogo.

De resto, os adeptos esperam para ver o que se segue. Esperam para ver o que significa realmente o regresso de Derrick Rose, ano e meio depois da lesão que o afastou. As expectativas sobre Rose e a sua capacidade de levar os Chicago Bulls a acabar com o domínio dos bicampeões Miami Heat e de LeBron James são altíssimas. Para já, Rose deu um ar da sua graça no primeiro jogo em casa, ao apontar o cesto da vitória sobre os Knicks. Mas ainda é pouco.

Com média de 14.3 pontos, 4.3 assistências, 3.7 ressaltos e apenas 28.8 por cento de eficácia nos lançamentos, é o póprio Rose a admitir que não é grande coisa. «Não estou a jogar bem nesta altura», afirmou no domingo.

Por falar em ficar abaixo das expectativas, há bem pior nesta primeira semana. Que dizer de Anthony Bennett, que foi a primeira escolha do draft desta temporada, numa opção dos Cleveland Cavaliers que surpreendeu? Do alto dos seus 2,04 metros, o extremo canadiano sentiu dificuldades para justificar a escolha na pré-temporada, altura em que se soube também que sofria de asma. Mas o arranque da época regular foi de pesadelo. Ao fim de quatro jogos, Bennett ainda não marcou qualquer ponto em jogo corrido. Tem apenas dois, de livre.