Karl-Anthony Towns foi a escolha nº1 do «draft» 2015 da NBA. Ou seja, o jovem de 19 anos foi o primeiro jogador a reforçar uma das equipas que vão jogar o campeonato profissional de basquetebol dos Estados Unidos 2015/16.

Depois dele, outros 59 jogadores foram escolhidos para reforçarem 29 equipas.

A escolha de Towns como a primeira até não surpreendeu, pois o poste da Universidade do Kentucky estava entre os jogadores mais valiosos deste «draft». Mas não pode ser considerada como a 100 por cento óbvia, pois Jahlil Okafor estava também entre os jogadores mais cotados.

Quer Towns quer Okafor são postes. Os Minnesota Timberwolves preferiram a capacidade física que permite a Towns ser um bloqueador de grande qualidade. Os Philadelphia 76ers não perderam a oportunidade de ir buscar Okafor, reconhecido por uma grande capacidade de concretização de pontos na zona interior como excelente ressaltador ofensivo que é.

Pelo meio, a segunda escolha do «draft» foi para os Los Angeles Lakers. A equipa californiana preferiu reforçar-se na zona de construção e escolheu D’Angelo Russell, um base de quem se espera jogo que seja parceiro à altura do talento de Kobe Bryant.

As escolhas iniciais são as mais aguardadas não só porque, claro, quanto mais cedo se escolhe mais opções há, mas também porque as três primeiras equipas ganham esse direito por sorteio. E este é mais um fator para que uma equipa não escolha necessariamente o jogador mais promissor de espetáculo. As escolhas também têm muito a ver com as necessidades/debilidades de cada equipa por setor.



São 60 os jogadores que foram escolhidos no «draft» com as 30 equipas da NBA a lutarem pela sua primeira opção. Na edição deste ano, o Los Angeles Clippers não selecionaram qualquer jogador. Ser uma das primeiras escolhas não só garante estatuto, como garante aos 30 primeiros selecionados um contrato bianual.

O «draft» é, assim, este processo de seleção de jogadores oriundos maioritariamente do basquetebol universitário dos EUA. Mas onde os candidatos às esquipas profissionais do basquetebol norte-americano também podem chegar do estrangeiro. Todos têm, apenas, de ser elegíveis.

Neste «draft» foram selecionados 42 jogadores de nacionalidade norte-americana. Entre os estrangeiros, a maioria chegou de clubes da Europa, mas há também não norte-americanos a fazerem escola no basquetebol dos EUA, como Satnam Singh, o primeiro jogador indiano escolhido num «draft», na época seguinte à estreia do primeiro jogador de origem indiana na NBA.

No site da NBA está a lista completa do «Draft 2015» com as respetivas explicações das opções de cada equipa.

Há algumas regras gerais do processo a ter em conta:

Os jogadores universitários que tenham quatro anos de faculdade são automaticamente elegíveis;

Quem não tiver quatro anos de faculdade feitos tem de declarar a sua elegibilidade abdicando dos anos que faltam;

Quem só tenha o ensino secundário tem de esperar quatro anos após a sua conclusão;

Os jogadores universitários têm de ter 19 anos de idade no ano do draft;

Os jogadores internacionais têm de ter 22 anos no ano do draft ou de já ter jogado sob contrato profissional numa equipa dos EUA;

A lotaria do «draft»: as 14 equipas que não foram aos play-off na época anterior são as primeiras a escolher no «draft». Há um sorteio para definir as três primeiras e as outras 11 seguem a ordem inversa da diferença vitórias-derrotas da fase regular;

O draft tem duas rondas: na primeira ronda, cada equipa tem 5 minutos para fazer a sua escolha podendo, antes de anunciar o nome escolhido, fazer trocas com outra equipa; na segunda ronda, cada equipa tem dois minutos para anunciar a sua escolha;




Entre as vantagens apontadas ao «draft» destaca-se o equilíbrio que se consegue manter entre as equipas evitando desta forma planteis muto mais fortes do que outros que pudessem fazer valer o seu poder orçamental;

Entre as desvantagens apontadas, destaca-se a falta de escalões de formação próprios das equipas que constituem a NBA.

Numa cerimónia em que o espetáculo – como é hábito nos EUA – não é ignorado, a NBA convida uma série de jogadores que estão inscritos no «draft» para estarem presentes. As escolhas são anunciadas pelo comissário da NBA na primeira ronda e pelo seu vice na segunda.

Os jogadores presentes, acompanhados por familiares e amigos, levantam-se quando anunciados, colocam o boné da equipa que os escolheu e sobem ao palco para serem apresentados à plateia. O espetáculo da NBA, entre épocas, continuou assim...