Neemias Queta tem aproveitado a Summer League para dar nas vistas nos Sacramento Kings e isso já lhe valeu a assinatura de double contract, o que significa que vai ser um dos dois jogadors que tanto pode jogar na NBA como na G-League. O que foi uma segunda vitória em poucas semanas: a primeira foi, naturalmente, ser escolhido no draft.

«Acima de tudo os responsáveis do clube pedem-se para estar preparado para as duas equipas, para estar preparado para a qualquer momento ser chamado para a equipa principal e para estar preparado para ter minutos na G League», diz.

«Isso só me vai ajudar a adaptar-me à rapidez e ao estilo de jogo da NBA. A partir do momento em que entro em campo tento jogar o meu basquete e ajudar a equipa da melhor maneira que consigo. É tudo o que quero e é o que eu sei fazer melhor.»

O basquetebolista português esteve esta quinta-feira numa conversa com um grupo de jornalistas portugueses e aproveitou para partilhar, por exemplo, quais têm sido as preocupações dos treinadores com ele nestes primeiros dias.

«O que me têm dito é para continuar a trabalhar e para me preocupar sobretudo com o que posso fazer. Por exemplo, para ser a ancora defensiva, para estar no centro do pintado e para ser muito vocal, dizer aos meus colegas onde eles têm que estar. E depois é fazer o que sempre fiz, saltar e proteger o cesto. Querem que mantenha a bola alta e que não baixe a bola abaixo da cintura, no momento em que a recebo. A partir daí acho que estou a adaptar-me bem.»

A maiores dificuldades, confessa, estão na velocidade do jogo. Algo que exige tempo de daptação.

«A subida de nível mais evidente tem sido a rapidez do jogo. No College o jogo é mais partido, aqui tenho de pensar muito mais rápido, jogar mais rápido, tomar decisões mais depressa, é uma adaptação que precisa de algum tempo, mas quando se der esse clique, as coisas vão começar a rolar.»

Para o futuro ficam outras virtudes como, por exemplo, os lançamentos longos.

«De momento ainda não tenho capacidade para ir para o tiro exterior. Isso é mais uma ideia de futuro. De momento não me vejo a ir para a linha de três pontos e lançar», confessa.

«Mas é uma coisa que quero fazer no futuro e estamos a trabalhar para isso, estou aqui para trabalhar em coisas que não estou habituado a fazê-las para as conseguir fazer no futuro, por isso quero no futuro ter essa capacidade.»