Sensivelmente um mês após ter sido noticiado o interesse do Flamengo em investir no Tondela, o vice-presidente do clube brasileiro para a área das finanças assumiu ter visitado o emblema beirão.

«Foi um dos clubes que visitei e que analisámos. Precisamos de visitar os clubes para fazer um debate. É preciso saber a recetividade para uma parceria ou uma aquisição. Mas ainda é um projeto. Reafirmo que vamos fazer este trabalho com muita cautela porque é uma decisão muito importante. Não é como um atleta que compramos e que depois termina o contrato. Vamos fazer isto com muita calma. Temos conversado com muita gente e a ideia tem sido bem recebida, porque a marca Flamengo é muito forte», vincou Rodrigo Tostes em conversa com o jornalista brasileiro Venê Casagrande.

O dirigente frisou várias vezes que ainda nada está assinado seja com o Tondela ou com qualquer outro clube com o qual houve contactos com vista à internacionalização da marca Flamengo. «Como o Tondela 'vazou' na media, falámos da visita. Mas não posso [falar de outros clubes], porque há documentos assinados: avaliações, trocas de documentos e seria incumprir um acordo com outros clubes», disse.

Rodrigo Tostes elaborou mais sobre o projeto. «Ganhamos marca, moeda forte e exposição de atletas. São vários os factores que estão a levar-nos a estudar este caso. Mas reforço que não há nada fechado», disse, garantido que os dirigentes do emblema brasileiro não pretendem rasgar o nome do clube ao qual vierem a associar-se. Significa isso que se o Tondela vier a fazer parte do «universo Flamengo» nunca deixará de chamar-se Tondela.

«Trocar o nome da equipa não é o que pensamos. Se formos para essas alternativas, é sempre a pensar em adicionar e não em tirar o nome do clube. Os clubes em Portugal e noutros países europeus são centenários. Não podemos chegar lá e trocar o nome do clube: isso nunca foi feito. Não seria positivo fazer isso. Vamos fazer um trabalho para que o clube tenha a sua identidade. Não vamos chegar lá e tomar o clube. Há que tomar muito cuidado para não parecer que estamos a chegar lá para tirar a autonomia do clube. Não é essa a nossa ideia», concluiu.