Nelo Vingada garante que não foi contactado pelo Vitória de Guimarães, para suceder a Manuel Cajuda no comando da equipa minhota. Descartada a possibilidade de substituir Manuel José no Al Ahly, o técnico está no mercado, mas garante que as notícias que o ligam ao Vitória não passam de especulação.
«Fala-se de muita coisa. Na semana passada também se falou do Sp. Braga. A realidade é que tenho a hipótese de sair de novo para o estrangeiro. Tudo o resto é especulação», disse Vingada, presente num seminário de pós-graduação de técnicos que têm o IV nível «UEFA PRO».
O técnico chegou a Portugal apenas na véspera, e por isso garante que não recebeu nenhuma oferta lusa. Ainda assim admite voltar a trabalhar no nosso país. «Já estive em vários países. Estou disponível para trabalhar em qualquer lado, ainda que razões familiares muito fortes possam levar-me a optar por Portugal», assumiu.
A última experiência de Nelo Vingada foi ao serviço do Persepólis, equipa do Irão. Aquele país vive agora momentos conturbados a nível político, mas o técnico guarda boas recordações. «Saí de lá dois ou três dias antes das eleições. Ainda vi algumas manifestações, mas até fiquei admirado com o nível de democracia. Agora é que descambou para a violência. Pelo que sei, através de amigos, é que nem é recomendável sair à noite em Teerão», explica.

Sobre a Selecção: «Se calhar não somos tão bons»
Nelo Vingada comentou ainda a situação complicada que a Selecção Nacional enfrenta, para chegar ao Mundial 2010. O técnico defende que garantir a qualificação para a África do Sul «será difícil mas não impossível». «O primeiro lugar do grupo dificilmente será alcançado, mas se a qualificação for garantida através do playoff não deixa de ser uma qualificação», adianta.
Questionado sobre as razões que explicam as dificuldades que a equipa das quinas tem sentido, o técnico defende que «as outras equipas já não são tão fracas», mas vai mais além: «Se calhar não somos tão bons quanto julgávamos.»