Um toque de cabeça certeiro de Castillo, a canto de Pizzi, aos 57 minutos, resolveu o Sevilha-Benfica desta tarde e deu a terceira vitória em quatro jogos de preparação aos encarnados. Em Zurique, na Suíça, um lance de bola parada decidiu um jogo de muita vontade mútua, mas ainda engenho desafinado. Pré-época, pois claro. Altura de testes, erros e melhorias.

Com ténues alterações em relação às equipas que iniciaram os jogos anteriores, Rui Vitória colocou dois dos reforços que mais têm sobressaído até esta fase – Conti e Castillo – além do jovem da formação, Gedson, mais à frente de Fejsa e Pizzi no meio campo. Em última hora, uma lesão de Svilar no aquecimento deu a baliza a Vlachodimos.

O Sevilha, com o português Daniel Carriço no onze, viu os encarnados entrarem astutos e à procura da iniciativa do jogo. Reconhecidos traços à época passada, desde logo pela tática. Uma defesa assente num quarteto, com três homens mais sólidos no meio campo e outro tridente adiante.

Desta vez, Vitória colocou Salvio e Rafa no apoio a Castillo na frente. Atrás, voltou a apostar em Conti ao lado de Jardel, com André Almeida e Grimaldo nas laterais. Foi com estes onze que o Benfica, já com alguma qualidade entrelinhas e uma defesa subida a tentar tirar manobra de ataque ao Sevilha, procurou defender e atacar.

Com Castillo muito fixo na frente, o Benfica procurou-o como referência de apoio na área contrária e às vezes faltou aquele bocadinho para dar certo. A exemplo, ao minuto 24, quando o avançado “matou” de peito na área para Rafa, que tocou em demasia e permitiu a antecipação do guardião Vaclik.

O Sevilha teve em Nolito e Sarabia, os homens dos corredores, as referências mais perigosas na primeira parte. O último, num remate da direita para o meio, testou a atenção de Vlachodimos.

FICHA E FILME DO JOGO

Com algum equilíbrio até ao intervalo, que se estendeu até ao golo do Benfica, foi possível tirar algumas notas do que se antecipa na Luz: Gedson tem qualidade a meio campo, falta mais astúcia na hora de tentar o remate (denotou soltar-se mais já com o 1-0 no marcador). Conti, na defesa, não parece complicar. Processos simples, sobretudo no passe. Olhando às caras novas, Vlachodimos teve também pouco trabalho na baliza.

Aliás, quase todo o jogo foi de pouca exigência aos guarda-redes. Ora por remates desenquadrados, ora lances que pecavam pela indefinição na chegada às áreas. Isso e defesas mais sólidas que os ataques.

Num duelo até com algumas quezílias entre jogadores, só mesmo aquele minuto 57 desbloqueou o nulo e permitiu a Castillo marcar o segundo golo da pré-época.

De um lado e de outro, primou-se sobretudo pela posse de bola ponderada, sem despachar bola para a frente. Mas de Benfica a Sevilha, Rui Vitória e Pablo Machín têm máquinas a afinar até ao arranque oficial de 2018/19.

Já com múltiplas substituições de lado a lado, destaque, na segunda parte, para o bom entendimento entre Zivkovic e Cervi, a mexer com o ataque do Benfica. Do último, saiu um cruzamento que podia ter dado o 2-0 e bis a Castillo, aos 62 minutos. Próximo das balizas, pouco melhor se viu até final.

O Benfica fecha as malas na Suíça e segue viagem – e preparação – nos Estados Unidos.