«Ninguém no Liverpool atura o Gerrard». A frase polémica é do senegalês El-Hadji Diouf, antigo companheiro do capitão dos «reds», durante três temporadas, antes de partir para o Bolton em 2005. Uma resposta com um atraso de cinco ano às criticas que o internacional inglês dirigiu ao avançado na sua autobiografia, publicada em 2007.
Na autobiografia, Gerrard também não foi «meiguinho» com Diouf. «Eu não era o fã número um do Diouf. Entre Melwood e Anfield, sabia quais eram os jogadores que tinham fome, quais os jogadores que tinham o Liverpool no coração. O Diouf estava apenas interessado em si próprio. Tinha uma atitude errada. Senti que ele nunca quis dar muito de si para levar o Liverpool para o topo», escreveu Gerrard em 2007.
Agora, cinco anos depois, Diouf respondeu à letra numa entrevista ao jornal «LEquipe». «Eu estava apenas interessado na seleção do Senegal. Fomos até aos quartos de final no Mundial-2002. Eu estava na lista dos cem jogadores do século de Pelé. Ele não estava. Respeito-o como futebolista, mas não há ninguém mais egoísta do que ele. Ele não quer saber dos outros. Falei com as principais figuras do Liverpool e ninguém o atura. E não estou só a falar de Carragher», destacou.
A verdade é que a carreira de Diouf em Inglaterra ficou sempre marcada por casos polémicos nos clubes por onde passou. Foi assim no Liverpool, Bolton, Sunderland, Blackburn, Rangers, Doncaster e, agora, no Leeds. «Já fiz coisas, mas há quem tenha feito pior. Sou um alvo fácil, falam de mim por tudo e por nada. Ok, já magoei algumas pessoas e lamento isso. Mas nunca estive na prisão, nunca lesionei um companheiro em campo. Depois de me atribuírem a imagem de bad boy, tive de lidar com isso. Faz-me rir. Nunca me incomodou. Prefiro que falem de mim, seja bem ou mal. Deixo a minha marca por onde passo», comentou ainda.