Vinte jogos disputados na presente temporada, mas apenas metade a titular. Quatro golos marcados. Os números mostram que a época de Diogo Salomão, a primeira a este nível, tem sido positiva, mas o jovem extremo do Sporting continua a ser muitas vezes «esquecido».

Titular no regresso às vitórias, frente ao Beira Mar, o jogador contratado ao modesto Real Massamá foi um dos melhores elementos em campo, atirando mesmo uma bola ao poste. Uma semana depois, em Vila do Conde, não saiu do banco, com Couceiro a fazer apenas uma substituição.

Esta tem sido a realidade de Salomão na presente temporada: um jogo a titular, com boas indicações, e a seguir suplente não utilizado, ou até mesmo relegado para a bancada. José Viriato, antigo treinador do jovem extremo, assume a estranheza. «Não acreditam nele. Tem feito uma boa época, mas se calhar é melhor ser emprestado», defende o técnico do Casa Pia, em conversa com o Maisfutebol. «É difícil explicar. Ele faz a diferença quando joga. Contra o Beira Mar foi o primeiro a sair, e estava a causar desequilíbrios. Não seria justo dizer que anda com a equipa às costas, mas tem mostrado qualidade», acrescenta.

Viriato entende que em Portugal «se aposta pouco nos jovens e em quem vem de divisões inferiores», defendendo que o Sporting «aposta em quem tem nome, mas já não anda muito para a frente». «Está a acontecer-lhe o mesmo que aconteceu ao Ukra no F.C. Porto», compara o técnico do Casa Pia. «O Sporting tem de apostar nele nestes últimos jogos, até para o analisar», acrescenta.

Mesmo com esta estranha alternância entre a equipa titular e a bancada, José Viriato acredita que Salomão «sente-se bem». «Está no terceiro maior clube português. Não pode estar insatisfeito. Gosta de lá estar e faz por jogar», afirma ao nosso jornal.