Será lançado no próximo domingo, 29 de setembro, às 17.45 horas, na Casa do Livro, na Rua das Galerias de Paris, no Porto, com apresentação de Luís Freitas Lobo.

O jornalista e historiador Miguel Lourenço Pereira, editor da revista online «Futebol Magazine», e o investigador na área do futebol João Nuno Coelho (autor de vários livros, entre os quais «Portugal, a Equipa de Todos Nós» e «A Paixão do Povo, história do futebol em Portugal», decidiram avançar para uma empreitada profunda: fazer um levantamento histórico das competições europeias de futebol.

Uma história com mais de um século, que começa em 1897, com a «Taça Challenge», ganha no ano seguinte pelo Viena Cricket, e também com o «Challenge du Nord», vencido pelo Leopold Club de Bruxelas. Os autores apontam também a Taça Ponthoz/Jean Dupuich, a partir de 1900, o Torneio Stampa Sportiva/Lipton Cup, em 1908 (com triunfo do Servette), e ainda a Taça Pirinéus (1910), a Taça Mitropa (1927) e a Taça Latina (1949).

Essa foi a fase das «tardes europeias», do «sol». A viragem dá-se em 1956, com o arranque das «noites europeias», dos «holofotes».

No tempo das «tertúlias de café», «a aceitação do universo inteletual provava o triunfo definitivo do futebol enquanto fenómeno social» (pg.36).

A «nova Europa» saída da II Guerra anunciou também um novo futebol. A final da Taça Latina de 1949, disputada em Madrid, foi entre Sporting e Barcelona, com triunfo dos catalães, por 1-2. Na página 65, podemos ver a ficha da final, com o Sporting a atuar em 3-2-5, com Azevedo; Manecas, Octávio Barrosa, Juvenal; Veríssimo e Canário; Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano.

Depois do domínio do Real Madrid, o Benfica vence dois título europeu seguidos (61 e 62).

Na pg. 110 do livro, podemos ver o esquema da final de Amesterdão, em 1962, com o Benfica a alinhar com Costa Pereira; Mário João, Germano, Ângelo e Cavém; Coluna e Fernando Cruz; José Augusto, José Águas, Eusébio e Simões.

As décadas foram passando, o futebol acompanhou as mudanças ocorridas noutros setores.

As finais europeias do F.C. Porto merecem também lugar especial. Sobre a de 1987, no triunfo do Prater sobre o Bayern, os autores apontam: «O conjunto português não era um estranho nas noites europeias. (...) Dezanove anos depois da final perdida pelo Benfica em Wembley, uma equipa lusa voltava a disputar o ceptro europeu, na mesma Viena onde estava enterrado Bela Guttman, o homem que tinha previsto que sem ele nenhuma equipa portuguesa voltaria a sagrar-se bicampeã da Europa».

A parte final dedica-se ao «regresso ao futuro», com uma frase de Denis Law como inspiração: «A única coisa que nunca mudou na história do jogo é a forma da bola».

O livro termina com uma análise à final da Champions 2013, o duelo germânico ganho pelo Bayern Munique sobre o Borussia Dortmund, por 2-1. «Duas equipas arquitetadas para o sucesso e que têm tudo para, nos próximos anos, disputarem com os mais poderosos clubes espanhóis, italianos e ingleses o jogo de tronos das memoráveis noites europeias», concluem os autores.