Norton de Matos não gostou das declarações de Chumbita Nunes depois da Assembleia Geral sadina que aconteceu na noite da sexta-feira passada. O treinador garante que não pensou em demitir-se, mas não deixou de se mostrar incomodado.
«Demitir-me? Não», garantiu. «Todos sabemos que nestas coisas há sempre altos e baixos. Mas defendo que, como líder, o comandante tem de afundar-se com a tripulação. Pode ser um pensamento demasiado dramático, mas é assim que penso. «Também não esqueço daqueles que me ajudam. O Vitória abriu-me a porta da primeira liga e isso para mim conta muito», apontou.
Norton defendeu que não foi ele que despoletou a crise. «Quando estabeleço um compromisso gosto de o cumprir. Mas não foi eu que falei de salários em atraso. Por isso custa-me digerir isso», disse. «Não fui um foco de crise, não o fiz nem nunca o farei. A instituição é mais importante que tudo. Era fácil para mim abandonar o barco», referiu.
Norton diz que mantém uma «relação profissional» com Chumbita Nunes. «Nunca quis provocar instabilidade», garantiu. «Quando falei referia-me a coisas que precisam de ser feitas com mais rigor e organização, como o adiamento de um jogo», justificou. «São coisas que têm de funcionar melhor.»