O primeiro aperto de mão foi pouco caloroso, mas respeituoso. O treinador do Tottenham dirigiu-se primeiro a Mourinho, que se levantou ligeiramente, apertou a mão e deu duas pancadinhas no fundo das costas do antigo olheiro.
Depois Villas-Boas estendeu o braço a Rui Faria e a Silvino Louro, colhendo aí ainda mais frieza: os adjuntos de Mourinho não se levantaram da cadeira.
Mourinho e Villas-Boas estiveram praticamente sentados lado a lado o jogo todo, de resto: os bancos de White Hart Lane estão colados um ao outro, sendo que os treinadores se sentaram a dois metros de distância. Entre eles apenas duas pessoas, sendo que uma delas era Rui Faria.
Durante o jogo foi frequente vê-los praticamente a um metro um do outro, praticamente também em cima da linha lateral, a gritar para dentro de campo e dar instruções aos jogadores. As câmaras de televisão permitiram perceber até algumas expressões em português.
Pelo meio Mourinho dirigiu-se ao banco do Tottenham e atirou algumas palavras para Luís Martins, adjunto de Villas-Boas: não se sabe o que o técnico do Chelsea disse, mas tudo se resolveu com alguns sorrisos e uns abraços tímidos.
No fim, então sim, a frieza anterior derreteu toda: logo após o apito final, Villas-Boas dirigiu-se rápido a Mourinho, deu-lhe um abraço e os dois trocaram algumas palavras. Não se viram sorrisos entre eles, mas pelos gestos pareceu estarem a combinar um encontro para mais tarde, no interior do estádio.
Depois Villas-Boas trocou um caloroso abraço com Rui Faria: e aí sim, os dois sorriram. Os membros da equipa técnica do Chelsea dirigiram-se para os balneários, o treinador do Tottenham ficou ainda mais algum tempo no relvado. O reencontro segue agora longe dos olhares indiscretos.
