Foi o carrasco do Benfica na noite gelada de Belém. A maior goleada do clube encarnado esta época foi cavada por José Pedro e mais dez jogadores, equipa do Belenenses que deixou os adeptos do Benfica à beira de um ataque de nervos. Ao intervalo o marcador estava em 3-0. José Pedro marcou dois. E depois?
«Ainda não tive oportunidade de ler os jornais apesar de estar com o meu pai e ele estar a dizer que comprou os três jornais», começa por dizer ao Maisfutebol o jogador que mais deu nas vistas esta jornada na Superliga. «Ele gostou do que viu e ficou satisfeito», confessa, relatando então o que aconteceu depois de ter marcado dois golos ao Benfica: «A manhã foi quase igual às outras. Levantei-me, fui levar o meu filho ao infantário, depois estive com a minha mulher em casa, almoçámos, ela foi para o estágio da escola. Depois estive no Montijo a fazer uma reportagem. Agora tenho estado com o meu pai. Diferente do normal, apenas a reportagem que fiz para o jornal.»
José Pedro ainda não leu os jornais, mas sabe que aparece em todos os eles como a figura principal de um filme de terror para o Benfica. «Acaba sempre por ser um dia diferente», admite. «Não é todos os dias que se faz dois golos ao Benfica, que se ganha por 4-1, que se é superior e tudo corre bem», sustenta. «Foi um dia especial por todos estes factores. Ontem foi um dia em cheio para o Belenenses, que deu uma volta aos resultados menos positivos que vinha a fazer, e para mim que fiz dois golos. Por tudo isto só posso estar satisfeito.»