O Estoril Open acabou. Deixou de o ser numa manhã cinzenta. O diretor do torneio João Lagos anunciou-lhe o fim nesta quinta-feira. Celebrou-o até, depois de o ter declarado imortal. «O Estoril Open morreu hoje» disse aquele responsável. E morreu mesmo. Para num piscar de olhos renascer com outro nome: Portugal Open. «Vai ser excecional», garantiu, antes de serem apresentados os quadros masculino e feminino do torneio.
«O Estoril Open morre ao fim de 23 anos, não vai sequer festejar as bodas de pratas», disse João Lagos, num anúncio que estava marcado para esta manhã e que, percebia-se, ia ter um volte-face. Depois de desvendado o novo nome do torneio, Lagos explicou a decisão do novo «naming».
«Foi uma decisão muito ponderada, tive o cuidado de ter uma última abordagem em relação a isto», começou por referir. O diretor do Portugal Open destacou o papel do ministro dos Negócios Estrangeiros no processo, que faz parte de uma tentativa de enaltecer o nome do país.
«[Paulo Portas] encorajou-me a assumir esta mudança, sem esquecer os 23 anos de marca que estão para trás», revelou João Lagos. Mais tarde, questionado sobre se houve algum motivo financeiro por detrás desta mudança, o empresário português refutou a ideia.
«Não tem a ver com isso, era um desejo antigo, porque isto gerava algum desconforto quer nas pessoas de Cascais, quer nas de Oeiras» acrescentou. Refira-se que o Estoril pertence à primeira autarquia, o Jamor, onde se joga a prova, à segunda.
«A mudança é um ato que vem reforçar a internacionalização da marca e é um reconhecimento que o país precisa, porque somos dos melhores do mundo na organização de eventos», afirmou.
De resto, João Lagos declarou que é preciso «habituar-se a viver sem um patrocinador», depois de o patrocínio do banco que sempre esteve ligado ao torneio ter terminado. «O grande patrocinador é um tipo chamado João Lagos», disse o próprio.