Final de ano é tempo de balanço e fui desafiado pela equipa do «Maisfutebol» para escolher o onze do ano, em 2013.

Sendo o período da escolha de janeiro a dezembro, definiu-se como critério que apenas fariam parte aqueles que estiveram presentes ao longo do ano. Outros houve que apenas estiveram uma metade do ano e poderiam fazer parte do onze mas a ideia é avaliar o rendimento durante um ano.

Aqui vai!

Na baliza, Rui Patrício, que foi chamado, principalmente no primeiro semestre, a intervir mais do que é normal numa equipa grande. Respondeu à altura, revelando o porquê de ser o melhor guarda-redes português e para o mim o melhor desta época. É certo que houve um ou outro erro, mas a forma como sempre os ultrapassou, sem qualquer quebra e com confiança, diz bem da capacidade que tem para o desempenho da função.

Na defesa a minha escolha recaiu sobre três elementos do FC Porto e um do Vitória de Guimarães.
Nas laterais, Danilo e Alex Sandro têm qualidade e demonstraram-no com o rendimento apresentado.
Bons tecnicamente, imprimem uma dinâmica ao seu jogo, dando velocidade e profundidade pelo corredor, sendo responsáveis por vários dos desequilíbrios que provocam no processo ofensivo da equipa.

Como dupla central escolhi dois jovens. Mangala afirma-se. Garantiu a titularidade a época passada e continua com bom rendimento nesta também. Muito rápido e forte fisicamente, usa essa capacidade para colocar os adversários em sentido. É um dos responsáveis pela consistência e segurança que o FC Porto apresenta. Sendo bastante forte no jogo aéreo tanto no processo defensivo como ofensivo, não é de estranhar que seja um elemento procurado nos lances de bola parada. São até ao momento cinco golos marcados. O último, na passada sexta-feira, diz bem da sua impulsão e do perigo que representa para os adversários.

Para companheiro de sector escolhi Paulo Oliveira.O jovem de 21 anos aproveitou a oportunidade dada por Rui Vitória e nunca mais deixou a zona central do V. Guimarães. De janeiro para cá jogou sempre e de uma forma simples mas eficaz. É rápido e revela sempre uma enorme concentração no jogo, características importantes para um defesa. Com apenas um golo marcado em lances de bola parada, penso que é um dos aspectos que pode melhorar e ser ainda mais eficaz.

A zona nevrálgica do terreno fica a cargo de Fernando, Matic e Enzo Perez.

Fernando é o porto seguro da equipa e que dá o equilíbrio necessário. Sempre bem posicionado e agressivo qb, permite que quem joga ao seu lado saiba que tem liberdade e que está normalmente protegido. Muito importante na manobra colectiva do FC Porto.

Matic e Enzo formaram uma excelente dupla. Começou como uma experiência, revelaram-se muito fortes e cada um acrescenta à equipa o que de melhor tem.Complementam-se e o Benfica ganha com isso.

Matic não é o típico 6. É muito mais. Além de fazer as coberturas defensivas, dá início à construção do jogo, escolhendo o melhor passe, seja ele lateral ou frontal e com o objectivo da baliza contrária. Dá uma dimensão ao jogo colectivo que não existia no Benfica. Marcou cinco golos, alguns de belo efeito, o que o valoriza ainda mais.

Enzo é um jogador de qualidade e apesar de não ser esta a sua posição de origem, parece que andou sempre por ali. É agressivo, intenso e disciplinado tacticamente. Sabe os terrenos que pisa e consegue estar normalmente no sítio certo. Evoluído tecnicamente, pauta o jogo e tem a capacidade para decidir o seu ritmo. Importante na dinâmica do jogo do Benfica.

No ataque a minha escolha recaiu em Jackson Martinez, Lima e Luís Leal. Cada um com a missão de marcar golos e ser uma mais valia para a sua equipa.

Jackson é craque e a forma como joga e marca, revela isso mesmo. Movimenta-se bem, segura a bola como poucos e é forte nos duelos. Alia ainda uma boa capacidade técnica e um bom poder de impulsão como voltou a confirmar ainda na passada sexta-feira. Os 28 golos são o seu cartão de visita.

Lima é outro dos escolhidos. Chegou tarde a um grande, mas que parece que esteve sempre lá. Este ano voltou a demonstrar a sua qualidade e mais uma vez a finalizar. Os seus 21 golos revelam o porquê do investimento num jogador de 30 anos. Faz golos, é dinâmico, rápido e não dá nenhuma bola como perdida. É o primeiro elemento da equipa a pressionar e obriga os defesas a decidir rápido.

Por último, Luís Leal e o único dos escolhidos que até ao momento saiu da nossa Liga. Faz qualquer posição da frente e foi um dos elementos importantes no ano excelente que o Estoril realizou. Tem a velocidade como principal característica e revelou se importante no modelo de jogo da equipa. Para o sucesso colectivo contribuiu com nove golos. O bom rendimento levou à saída.


Para terminar, gostaria de destacar outros jogadores, devido ao seu rendimento individual e à importância que cada um deles assumiu nas suas equipas. Sami, João Vilela, Candeias, Tarantini e Alan merecem também o elogio.