O francês Nicolas Anelka foi este sábado expulso do Mundial. A situação é pouco vulgar mas está longe de ser inédita. O esloveno Zlatko Zahovic, bem conhecido dos portugueses, por exemplo, foi um dos precursores do francês.

Os motivos variam, mas as consequências são as mesmas. A despedida sem glória de um torneio mítico como um campeonato do mundo.

Em 1994, o alemão Effenberg foi afastado por Berti Vogts, depois de fazer um gesto obsceno na direcção dos adeptos da própria equipa. O técnico jurou que o médio não voltaria a ser internacional enquanto ele estivesse ao comando.

Quatro anos mais tarde, ainda o torneio de França não tinha começado e já havia um caso a registar. O controverso Paul Gascoigne organizou uma festa no estágio que não caiu bem junto do treinador, Glenn Hoddle, que não teve remédio se não enviá-lo mais cedo para casa. Aos jornalistas foi dito que Gascoigne não estava em forma para jogar um Mundial...

Ainda em França, foi a Colômbia a sofrer exposição pública que um caso destes oferece. Faustino Asprilla não gostou de ser substituído num jogo, protestou, excedeu-se e acabou por ser reencaminhado. De nada lhe valeu a carta que escreveu a pedir desculpa.

O Mundial do Oriente também não ficou alheio a casos deste género. Desde logo o já referido com Zahovic. O médio que jogou no F.C. Porto e Benfica discutiu com o seleccionador Srecko Katanec e acabou riscado. O técnico anunciou a dispensa em conferência de imprensa, onde, visivelmente emocionado, comunicou, também, o seu adeus ao projecto.

Por fim, também Roy Keane, conhecido pelo feitio delicado, foi expulso nesse Mundial após uma discussão com o seleccionador Mick McCarthy sobre as condições do campo de treinos da Rep. Irlanda.

Os casos sucedem-se e o recente caso de Anelka prova que a sequência está longe de estar fechada. Mais tarde ou mais cedo, feitios chocam, sentimentos transbordam e a medida mais drástica tem de ser tomada. Resta saber quem será o próximo...