Morreu Gianluca Vialli. O antigo futebolista e técnico italiano tinha 58 anos e lutava contra uma doença oncológica.

O até então chefe de delegação da seleção italiana de futebol suspendera as suas funções há cerca de três semanas e meia, para lutar contra um cancro.

A Federação italiana de futebol (FIGC) deu conta do óbito, na manhã desta sexta-feira. 

Vialli revelou, em 2018, que estava a lutar contra um cancro no pâncreas, que disse ter superado em 2020, mas acabou por lidar novamente com a doença, à qual acabou por não resistir.

«Um minuto de silêncio vai ser feito em sua memória, antes de todos os jogos programados para o fim de semana», informa a FIGC, no comunicado em que dá conta do óbito de Vialli.

Vialli jogou quase 20 anos como futebolista profissional, nas décadas de 80 e 90. Despontou na Cremonese, o clube da sua cidade natal, Cremona, até fazer depois uma carreira sustentada entre Sampdoria, Juventus e Chelsea.

Depois de ter deixado de jogar, no final da temporada 1998/99, Vialli treinou o Chelsea durante quatro temporadas, até 2001, tendo ainda comandado o Watford, em 2001/02.

Internacional pela seleção italiana por 59 ocasiões (16 golos), o ex-avançado era o atual chefe de delegação da seleção.

Como atleta, conquistou um total de 15 títulos, entre internacionais e nacionais, de Itália até Inglaterra, com destaque para a Liga dos Campeões de 1995/96, na final ante o Ajax, numa equipa que tinha o português Paulo Sousa. Participou, pela seleção, nos Mundiais de 1986 e de 1990 e no Europeu de 1988.

Vários clubes italianos já reagiram à morte de Vialli, deixando mensagens de condolências e de despedida, como a Sampdoria e a Juventus.

«Estou profundamente triste. Esperava até ao último momento que ele pudesse fazer outro milagre, mas conforta-me a certeza de que o que ele fez pelo futebol italiano e pela camisola azul nunca será esquecido. Gianluca foi uma pessoa esplêndida e deixa um vazio que não pode ser preenchido, na seleção e em todos os que apreciaram as suas extraordinárias qualidades humanas», referiu o presidente da FIGC, Gabriele Gravina.

Trata-se de mais uma perda no futebol internacional nas últimas semanas, depois do brasileiro Pelé e do sérvio Sinisa Mihajlovic.