A equipa que o Sporting vai utilizar este segunda-feira frente à Académica ainda será da responsabilidade de Oceano, apesar de Vercauteren já andar pela Academia em Alcochete. «A nossa preocupação é o jogo com a Académica. Mas é normal que o treinador anunciado pela direção comece a tentar conhecer os jogadores que vai dirigir. É natural o que temos conversado. Frente à Académica a responsabilidade ainda é totalmente minha», afirmou este domingo, em conferência de imprensa.

De resto, Oceano garante que continua a trabalhar da mesma maneira, apesar do período de transição. «Nunca encaro as coisas como a última vez. O Sporting fará sempre parte da minha vida. Tudo o que fiz foi tentar trazer vitórias para o Sporting, trabalhando sempre da mesma forma», explicou.

O ainda treinador principal não espera grande onda de apoio dos adeptos, face ao que tem sucedido nos últimos jogos. E já explicou aos jogadores que vão ter de ser eles a «puxar pelo público». Apesar disso, acredita que a entrega dos jogadores acabará por contagiar quem for ao estádio.

Desforra? Nem por isso

O Sporting ocupa um dos últimos lugares da tabela, situação invulgar. Talvez por isso Oceano tenha sublinhado tantas vezes, durante a conversa com os jornalistas, a impotância do desafio. «Estivemos a trabalhar para poderem encarar o jogo com confiança. Precisamos de uma vitória, os sportinguistas merecem».

Apesar de o jogo ser em Alvalade, Oceano não sente maior pressão. «Jogar em Alvalade não traz mais pressão. Tem ser um prazer para todos os jogadores. Jogamos em casa, só temos de contar com apoio dos sportinguistas. Tem de ser muito melhor jogar em casa», disse.

Pela frente estará o clube que venceu o Sporting na final da Taça, mas Oceano afasta a palavra vingança. «Este jogo não é só uma hipótese de desforra, é demasiado importante. Os jogadores sabem o que valem estes três pontos».

Quanto aos problemas de Pedro Emanuel, Oceano desvaloriza-os. «Não vejo assim tantas limitações da Académica. Tem os jogadores que costumam jogar e os suplentes que normalmente entram. Estou preocupado é em transmitir aos meus jogadores o que é preciso fazer para ganhar», concluiu.

Explicações para as derrotas

O Sporting está a perder há quatro jogos, mas Oceano não crê que o problema seja coletivo. Prefere falar em falhas de concentração, algo que é preciso eliminar. «Temos funcionado bem na defesa, reagido bem às transições do adversário. O que tem acontecido é desconcentração individual de jogadores, que nos penaliza. Nomeadamente nas bolas paradas. Em termos de prestação global os jogadores têm feito o que lhes pedimos. Mas é preciso aumentar a intensidade nas bolas paradas», afirmou.

Na fase em que a equipa está, disse, os adversários «aproveitam todas as falhas». Para Oceano, isso não é «normal», mas «está a suceder».