O fim dos empréstimos entre clubes da mesma divisão obrigou o Olhanense a alterar o que estava programado na elaboração do plantel para a época 2012/13. O presidente Isidoro Sousa considera que o emblema algarvio foi dos mais prejudicados com a norma.
«Foi uma medida mal pensada e precipitada. De acordo com o que tínhamos planeado, e estou a falar do negócio que já tínhamos delineado com o FC Porto, o Olhanense foi dos clubes mais prejudicados. Isso faz com que os clubes portugueses procurem mais jogadores estrangeiros e na Liga de Honra, sendo que, nesta divisão, alguns deles já atingiram patamares que lhes permitam jogar na primeira liga», queixou-se Isidoro Sousa.
Fabiano Freitas, transferido para o FC Porto mas com a promessa de continuar mais uma época no Algarve, já não virá, bem como os outros dois elementos que seriam cedidos pelos «dragões». Fernando Alexandre pode ser garantido na mesma, mas a título definitivo.
«Neste momento não coloco isso como um dado adquirido. Não vai ser fácil, independentemente do Fabiano ainda não estar inscrito pelo FC Porto. Ele é do FC Porto e vai iniciar a época lá. A sua continuidade em Olhão é uma situação que nesta altura não se coloca e estamos à procura de uma alternativa, que será estrangeiro. Fernando Alexandre? Estamos à espera, não depende de nós. Ele tem contrato com o Braga e tudo depende da negociação que está a ser efetuada. Até ao fim de semana deverá ficar resolvido», adiantou.
Face a estes condicionalismos, o clube algarvio foi obrigado a direcionar agulhas noutras direções. «O plantel é curto e estamos a tentar encontrar soluções dentro das nossas possibilidades. A decisão do fim dos empréstimos inviabilizou situações que já tínhamos traçadas e tivemos que partir para um plano B. Esta semana, duas ou três situações deverão ficar definidas. O plantel vai ser mais curto, estará dentro das nossas possibilidades económicas, num orçamento que baixou substancialmente, para 1 milhão e 440 mil euros, em termos líquidos, menos 400 a 500 mil euros em relação à última época», explicou Isidoro Sousa.
«É com estes valores que vamos trabalhar e foi isso que expliquei ontem ao treinador. O jogador quer sempre mais mas não vamos ultrapassar este orçamento. A fasquia está alta, dado o oitavo lugar da última época, e mesmo com estas restrições mas mantendo a base podemos fazer uma boa equipa, à imagem do último campeonato», desejou o dirigente.
Para fechar o plantel, e se não sair mais ninguém, serão necessários seis jogadores: um guarda-redes, um central, um lateral esquerdo, dois médios defensivos e um avançado. «Precisamos de cinco ou seis elementos para posições que têm que ser preenchidas. Também há jogadores (com contrato) que irão ser avaliados pelo mister durante os treinos para saberem se têm condições para continuar. Eu entendo que sim mas ele terá a palavra final. Não vamos ficar à espera da decisão em relação aos empréstimos, porque podemos correr o risco de o tempo se esgotar e o campeonato já estar a decorrer. Estamos a preparar alternativas», prometeu.