O tenista alemão Alexander Zverev disse esta quarta-feira acreditar que, provavelmente, existem tenistas infetados com covid-19 no Open da Austrália, mas não estão a ser testados.

As declarações do atual número três do ranking mundial ATP surgem depois da revelação feita pelo francês Ugo Humbert, que obteve um teste positivo um dia após a derrota na primeira eliminatória, diante do compatriota Richard Gasquet.

«Acho que alguns jogadores já tinham [o coronavírus] quando chegaram e que alguns jogadores têm agora. Não estamos a ser testados, pelo que, se fôssemos testados, provavelmente haveria mais positivos do que há neste momento», expressou o tenista germânico, em conferência de imprensa.

Todos os tenistas presentes no Open da Austrália são obrigados a estar vacinados contra a covid-19 ou devem dispor de uma isenção médica para jogar o primeiro Grand Slam da temporada.

O jogador alemão, de 24 anos, terceiro cabeça de série do torneio australiano, deu conta do alívio de restrições, em comparação com a edição passada.

«Temos permissão para sair e podemos fazer o que quisermos. Portanto, é natural que mais pessoas fiquem infetadas com a covid-19. Não quero sair para restaurantes, nem fora do meu hotel. Não quero correr o menor risco a esse respeito», justificou.

Por fim, deixou claro que está em Melbourne para «fazer o seu melhor» e, dado os eventuais casos positivos, prefere fazer uma «bolha própria».

Nos últimos dias, o australiano Bernard Tomic, que foi um dos casos positivos, criticou os protocolos da prova para controlar a pandemia. «Não acredito que alguém esteja a ser testado. Eles [responsáveis pela organização] estão a permitir que os jogadores entrem nos courts com testes rápidos realizados no quarto», revelou.

Apurado para a terceira ronda do primeiro major da temporada, Zverev vai discutir um lugar nos oitavos de final com o moldavo Radu Albot.