Com uma anca de metal, aconselhado pelos médicos a ter cuidado e longe dos tempos em que chegou a número 1 mundial e venceu três torneios do Grand Slam e foi a nove finais de Majors, Andy Murray continua a desafiar a lei das probabilidades e nesta terça-feira arrancou uma das maiores vitórias dos últimos anos.

O tenista escocês (66.º) afastou o italiano Mateo Berrettini, 14.º do ranking, após uma longa batalha de quatro horas e 49 minutos que terminou após cinco sets concluídos com um super tie-break.

Murray venceu os sets iniciais por duplo 6-3, mas o transalpino, nove anos mais jovem equilibrou a contenda ao vencer o terceiro e quarto sets com os parciais de 6-4 e 7-6 (com 9-7 no tie-break).

O quinto e decisivo set avançou sem quebras de serviço até à decisão no match tie-break, mas pelo caminho, com 5-4 a favor, Berrettini estatelou na rede uma esquerda fácil a meio-court que lhe daria a vitória.

No match tie-break, de dez pontos, Murray superiorizou-se e fechou o encontro com 10-6 e com uma bola que bateu na tela e «morreu» junto à rede do outro lado.

De regresso aos grandes palcos após uma lesão grave num tornozelo em Roland Garros no ano passado, Alexander Zverev também teve de subir à montanha para deixar pelo caminho o lucky loser peruano Juan Pablo Varillas, número 104 da hierarquia: teve de recuperar de uma desvantagem de dois sets a um e só ao cabo de quatro horas e 6 minutos - 4-6, 6-1, 5-7, 7-6 (7-3) e 6-4 - pôde finalmente respirar de alívio.