Jonas, antigo avançado do Benfica, foi retido esta segunda-feira no aeroporto de Lisboa à chegada do Brasil.
O ex-futebolista foi identificado quando entregou o passaporte para controlo pelos funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e foi emitido o sinal de alerta pela Autoridade Tributária. Jonas, de 38 anos, foi entretanto constituído arguido no âmbito da «Operação Fora de Jogo» e ficou com a medida de coação mais leve, termo de identidade e residência.
Contactado pelo Maisfutebol, Tiago Gonçalves, irmão e empresário de Jonas, afirmou que, «na passagem pela alfândega, foi solicitado que [Jonas] fornecesse informações atualizadas sobre os atuais contactos (no Brasil) e sobre a morada atual (no Brasil)», dado que o jogador tem agora residência fiscal no seu país, devido ao «término da carreira profissional e principalmente da pandemia [de covid-19], em 2020».
O irmão do ex-futebolista refere ainda ao nosso jornal que este foi informado de que, após a atualização dos dados pessoais, será chamado «para prestar informações a respeito de uma investigação em desfavor do Benfica, na qual são mencionados alguns jogadores que por tal clube passaram em determinadas épocas específicas».
Recorde-se que, em março de 2020, a Autoridade Tributária efetuou buscas a vários clubes, entre as quais os três grandes, V. Guimarães e Sp. Braga. Na altura, o Ministério Público constituiu 47 arguidos: 24 pessoas coletivas e 23 singulares. Entre os arguidos estavam «jogadores de futebol, agentes ou intermediários, advogados e dirigentes desportivos», por suspeitas de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
Jonas colocou um ponto final na carreira em 2019, depois de cinco épocas ao serviço do Benfica, onde disputou 183 jogos e marcou 137 golos, tornando-se no segundo melhor marcador estrangeiro do clube, atrás de Óscar Cardozo (172).